GM auxilia mãe com depressão pós-parto

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Guardas Municipais ajudaram a mulher, que estava em crise, a aceitar ajuda médica
 
Na tarde do último sábado (10), os Guardas Municipais receberam um chamado para auxiliar a equipe do Setor de Ambulância a conter uma mulher na Vila Real, que estava muito agressiva, ameaçando jogar um bebê de dois meses de uma ribanceira e depois cometer suicídio. Foi constatado que a mulher estava apresentando sintomas de depressão pós-parto e necessitava de ajuda médica urgente. 
               
Os GMS de Lima e Nabas foram até o local e assumiram a situação do caso. “Pedimos que a equipe médica se afastasse e conversamos com ela por aproximadamente 50 minutos”, contou de Lima. “Essa foi uma das situações mais estremas que já enfrentamos”, afirmou Nabas. Após a conversa a mulher entregou o bebê aos GMs e aceitou seguir com a equipe da Ambulância até o Hospital da Cidade, acompanhada do marido. 
               
A criança apresentava um ferimento no umbigo e estava há aproximadamente dois dias sem comer, de acordo com os guardas. “A mulher entendeu que estava apresentando sintomas de uma doença e que precisava de atendimento médico. Assim que ela entendeu a sua situação, conseguimos um bom resultado”, relata de Lima. “Já tinha ouvido falar sobre a depressão pós-parto, mas não sabia que poderia chegar nesse extremo. O desespero do pai, sabendo que a vida do filho estava correndo risco foi comovente”, ressalta Nabas. 
               
Mãe e bebê ficaram internados no Hospital Municipal e receberam todos os cuidados necessários. De acordo com a Secretaria de Saúde de Várzea Paulista a mulher já está recebendo apoio psiquiátrico para a depressão-pós parto. 
               
Para os guardas, o sentimento de dever cumprido resume a ação. “Fiquei satisfeito. Nos dedicamos ao máximo ao caso e estamos muito orgulhosos de poder ter ajudado a família”, conclui de Lima.
                
               
Depressão pós-parto
               
Segundo especialistas, os sintomas da depressão pós-parto começam a aparecer geralmente após o primeiro mês depois do parto. A mãe não tem pique para cuidar do recém-nascido e até simples tarefas, como trocar as fraldas e amamentar, exigem um grande esforço. A lista de sintomas inclui desânimo, baixa autoestima, falta de prazer e alteração no sono e no apetite. Em casos mais graves, a mulher pode deixar de cuidar da criança, ter raiva do bebê e até pensar em suicídio.
               
De acordo com a secretária adjunta de Saúde, Mônica Carvalho, a mulher não precisa esperar que os sintomas apareçam de forma tão aguda para procurar ajuda. “Ao notar qualquer mudança de comportamento a mãe deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. Ela receberá acompanhamento psiquiátrico para avaliar o caso”, informa. 
               
Além disso, Mônica reforça a importância das mulheres participarem do pré-natal e dos grupos de gestantes realizados nas UBSs. “São nesses encontros que as mulheres recebem informações sobre a gestação e o pós-parto. Assim elas ficam mais preparadas para enfrentar esse momento delicado e identificar mais facilmente qualquer dificuldade”, relata a secretária. 
 
As causas da depressão pós-parto ainda não estão definidas, mas as alterações hormonais, o desgaste físico intenso, a mudança de rotina e os cuidados exclusivos que a criança exige podem estar entre as causas.