Varzinos devem ficar atentos a possíveis fraudes aplicadas a quem está em casa

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Golpes como o do falso sequestro e cartão clonado podem provocar sérios prejuízos financeiros; veja como lidar

Com a necessidade das pessoas ficarem o máximo de tempo possível em casa, os varzinos precisam tomar muito cuidado com golpes aplicados por telefone ou internet. Tentativas de fraude como a do falso sequestro ou do cartão clonado podem ser feitas com maior facilidade se a vítima estiver em casa. Uma cartilha da Polícia Seccional de Presidente Prudente traz orientações importantes para quem está em isolamento social, caso de muitos varzinos atualmente. Confira as dicas.

Sequestro falso

Os bandidos, geralmente presos, entram em contato por telefone, graças a uma lista de números aleatórios, e alguém grita no fundo que está desesperado.  A ideia é fazer que a vítima acredite no sequestro de algum familiar e fale o nome dessa pessoa, tudo o que o bandido quer para seguir com a fraude. Nesse caso, desligue o telefone e, caso seja preciso, para ficar em paz e tranquilo, ligue para o falso sequestrado. Assim, terá certeza de que tudo está bem.

Carro quebrado

O bandido liga para a vítima e diz que é seu (sua) sobrinho (a) e diz que o carro quebrou e precisa da ajuda de quem atendeu. A vítima acaba dizendo o nome de um dos sobrinhos ou, se não se lembra da voz, ouve algo como “não está se lembrando de mim?” e também se sujeita às solicitações do bandido, que pede dinheiro.
É importante que a vítima desligue o telefone e ligue para o sobrinho com o qual pensou estar falando.

Golpe do cartão clonado

O bandido liga para a vítima e pergunta se ela emprestou o cartão bancário a alguém de outra cidade. Com a resposta negativa, o golpista pede que a pessoa desligue e entre em contato imediatamente com o banco. Se a vítima faz isso, ela pode acabar por falar novamente com o bandido, que continua na linha, propositalmente, e pede vários dados pessoais e o envio do cartão a um suposto endereço do banco ou da polícia. Assim, com o cartão e os dados, o bandido consegue usar esse item da vítima e fazer operações bancárias fraudulentas. Se a vítima é idosa, o golpista diz que o funcionário do banco pode buscar o cartão em casa, para evitar que o proprietário tenha de ir à agência com aglomeração. Tudo falso.

Diante dessa situação, desligue o telefone e, imediatamente, e vá até a agência para falar pessoalmente com o gerente. Não entregue o cartão a ninguém, mesmo se considerar que está inativo. A polícia ou o banco não precisam dele para investigar o que ocorre com o cartão.

Intermediador de vendas

Os bandidos conseguem o telefone da vítima em sites de vendas, dizem que têm interesse no bem à venda, e pede que tire o anúncio da plataforma. O bandido cria outro anúncio com as fotos do bem da vítima, mas com valor bem abaixo do preço desejado pela vítima, o que desperta interesse de outras vítimas. Com a vítima interessada em vender o bem: o bandido diz que comprará e pagará uma dívida que possui com um conhecido. Portanto, pede silêncio no momento da apresentar o bem para outra vítima, prometendo algum lucro financeiro nessa negociação. A vítima interessada em comprar  também é orientada a fazer sigilo para, por isso ganhará um desconto. Com todo essa enganação, o bandido fornece uma ou algumas contas bancárias diversas da conta da vítima que está vendendo o bem e, com a transferência ou até antes dela, o bandido orienta as vítimas a irem até um cartório e preencherem o recibo do produto, tudo para deixar o golpe ainda mais fidedigno. Quando ambas as
vítimas percebem o golpe, o recibo já foi preenchido e todo o dinheiro foi para a conta de um bandido, que saca todo o montante em seguida.

Orientação: manter o maior diálogo possível entre vendedor e compra-
dor e solucionar todas as dúvidas. Jamais manter negociação em silêncio.

Clonagem de WhatsApp

Os bandidos conseguem o número da vítima, geralmente por sites de vendas. As vítimas recebem um torpedo de SMS com um código de seis dígitos. Um bandido se passa por funcionário de um aplicativo de vendas e solicita o código para ativar o anúncio; quando o código é uma verificação do WhatsApp, ou seja, o bandido digitou o número de celular da vítima no WhatsApp dele. Sendo assim, o código de verificação para habilitar o aplicativo de mensagens no celular do bandido, que se aproveita da mentira e digita os seis números que a vítima forneceu, para desviar o WhatsApp da vítima para o WhatsApp dele, fazendo ela perder o acesso ao aplicativo. Assim, o golpista conversa com os amigos da vítima pelo aplicativo clonado, explica precisa de ajuda financeira e solicita dinheiro emprestado, comprometendo-se
a pagar o quanto antes. Os amigos da vítima podem acabam por transferir dinheiro para a conta bancária de laranjas ou bandidos.

Orientações: (1) habilitar a “confirmação em duas etapas” – no WhatsApp,
clicar em “Configurações/ Ajustes”; clicar em “Conta” e depois em “Con-
firmação em duas etapas”. Em seguida, habilitar senha de seis dígitos numéricos.
(2) Jamais enviar para qualquer pessoa o código de seia números que chegar por torpedo SMS.

(3) Caso já tenha enviado o código e caído no golpe, enviar e-mail para
support@whatsapp.com,  pedindo a desativação temporária de sua conta do
WhatsApp. Explique o que ocorreu, informando o número de WhatsApp; Posteriormente, após receber o e-mail do WhatsApp no prazo de 30 dias, configure-o com o seu número de celular.

Dúvidas
   Caso suspeite que está sofrendo algum desses golpes, entre em contato com a Polícia Militar, pelo telefone 190, ou Polícia Civil, pelo 197. O atendimento é 24 horas, em qualquer dia da semana.