Prefeitura e geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas trabalham em conjunto para garantir continuidade da obra do Bertioga

Geólogos e engenheiros hídricos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas fazem visita técnica à obra visando a segurança da população

 

Na última quinta-feira (14), o prefeito Juvenal Rossi recebeu em seu gabinete a visita dos geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que vão assessorar a administração pública na definição das próximas etapas da obra do córrego Bertioga. A Prefeitura organizou uma comissão formada pelos gestores de Obras, Infraestrutura, Chefia de Gabinete, Planejamento Estratégico e Meio Ambiente para acompanhar o trabalho da equipe do IPT.

 

Segundo o prefeito Juvenal Rossi, o objetivo da parceria é garantir a segurança da população. “Vamos definir os próximos passos da obra do Bertioga, mas antes queremos todo o respaldo técnico da equipe do IPT, para garantir que estamos agindo da melhor maneira, sem colocar a vida de nenhum de nossos munícipes em risco”, enfatiza. “Nas últimas semanas temos visto cenas terríveis por todo o país, portanto nossa decisão foi que todo o projeto do córrego Bertioga seja revisto pelos melhores profissionais, afim de garantir o melhor resultado para nossa cidade”, afirma Juvenal. “Essa não é uma decisão política, é uma decisão humana. Não conseguiria ter paz, sabendo que um dia nosso trabalho custou a vida de uma pessoa”, conclui o prefeito.

 

 

O geólogo do IPT, Agostinho Tadashi Ogura, especialista em gestão de risco de desastres naturais informa que a parceria se dará através do suporte técnico e de estudos, que auxiliarão a administração pública a tomar as melhores decisões em relação as condições de drenagem e riscos do município. “Neste primeiro contato conhecemos a parte da obra que já foi realizada, solicitamos os dados das chuvas das últimas semanas e faremos uma visita técnica ao local”, explica. Ogura explica o fenômeno atmosférico que vive a região. “Devido a grande urbanização, a área se torna uma ilha de calor, vivendo extremos de chuva e estiagem. Portanto o trabalho de drenagem deve ser pensado na quantidade máxima e não na média das chuvas”, ressalta.

 

 

 

Tecnologia como aliada

 

Já Marcelo Fischer Guamani geólogo do IPT e coordenador dos trabalhos de mapeamento da Defesa Civil do Estado indica a tecnologia como grande aliada no trabalho de monitoramento de desastres. “Ao utilizar a tecnologia da informação, o monitoramento e sensores podemos antecipar o problema e dar alertas a população”, informa.

 

 

Essa questão já está sendo analisada pela Unidade Gestora de Planejamento e Inovação, conforme explica o gestor David Alexandre. “O trabalho do IPT é uma referência em toda a América Latina e temos a total certeza de que a expertise da equipe será de grande valia para a definição de como seguiremos com a obra do Bertioga e as possíveis tecnologias que poderemos empregar na busca pela segurança da população”, diz. “Estamos discutindo essa questão há três semanas e nosso intuito é otimizar o tempo e buscar a melhor solução para os moradores de Várzea Paulista”, completa. O gestor agradece ao prefeito e toda a equipe pela oportunidade de contribuir com o trabalho. “No final do ano pude ver de perto os problemas causados pelas enchentes e todas as suas consequências e essa experiência me marcou muito. Portanto, quero contribuir o máximo possível neste tão importante trabalho”, conclui o gestor.

 

 

Próximos passos

 

Na tarde da última sexta-feira (15), geólogos e engenheiros hídricos do IPT fizeram uma visita técnica por todo o córrego do Bertioga e as obras já realizadas em seu entorno.