Prefeitura já está em fase de estudos, para construir também um retorno a Jundiaí, aos motoristas que passarem pelo novo viaduto
As obras da construção do Viaduto da Ponte Seca estão em ritmo acelerado. Nesta semana, está sendo executado o muro de gabiões (estrutura de pedras), que dará sustentação à alça de acesso à nova via. A terraplanagem também está sendo retomada pela frente de trabalho e nesta semana também devem ser feitas adequações nas instalações elétricas da ferrovia, sobre a qual será feita a construção principal.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Bueno, que está dando suporte ao acompanhamento da obra, a base do muro de sustentação foi concluída na última semana. Em aproximadamente 10 dias, deve ser iniciado, inclusive, o pátio de vigas do viaduto em si (sustentação do viaduto).
O muro deve ser concluído até o fim da primeira quinzena de maio. Após aprovação, por parte de um corpo técnico da CPTM (administradora da linha férrea), o terreno para a construção da alça foi preparado para que se iniciassem as intervenções atuais.
Continuidade
Todo o projeto para a construção do novo viaduto da cidade foi feito durante a atual gestão municipal, que buscou os recursos necessários junto ao Governo Estadual. Desde o lançamento das obras, em dezembro de 2014, já ocorreram vários trabalhos, para a viabilização da nova construção, que envolve diversas etapas.
Iniciados em novembro do mesmo ano, os serviços começaram com a limpeza do terreno em algumas medições. No final de janeiro de 2015, foi feita a sondagem para análise e obtenção de detalhes sobre a resistência do solo, para a viabilização do cálculo de como serão estruturadas as fundações e o viaduto em si.
A partir desse momento, outras intervenções, já concluídas, passaram a ser empreendidas: a pavimentação e as colocações de bocas de lobo, galerias pluviais, tubulação (até as bocas de lobo) e poços de visita (câmara de onde se ramificam as instalações pluviais), em um trecho da Rua Manoel Dias Ruivo; a Rua Richard Klinger também teve concluídos os serviços de sistema de drenagem e urbanização. A via recebeu asfalto, além da colocação de galerias e outros aparatos importantes para o escoamento da água das chuvas.
Em paralelo, desde o início da atual administração municipal, a Prefeitura tem mantido contato com a CPTM e, após a licitação da empresa responsável pelas obras, intermediou a relação técnica entre ela e a CPTM. Dessa forma, em março deste ano, com a liberação por parte da empresa, foi possível retomar os preparativos para as etapas que estão em curso.
Sobre a obra
Está prevista, no projeto, a construção de uma passagem superior à linha férrea, para ligar o bairro Ponte Seca à Avenida Duque de Caxias, na secção próxima ao Jardim Promeca. O viaduto será uma alternativa para acessar bairros das Zonas Norte e Leste do município e desafogar o Viaduto dos Emancipadores, sobrecarregado em alguns horários.
O custo total da obra será de R$ 3.484.034,96 – recursos do Governo Estadual – dos quais R$ 984.034,96 serão custeados pela Prefeitura de Várzea Paulista. A obra deve ser concluída ainda neste ano.
Avaliação positiva
Sebastião Álvares Moreira, morador de Várzea Paulista há 32 anos, vive no bairro Ponte Seca faz três anos. Como também tem imóveis no Jardim Promeca, o munícipe acredita que o viaduto, depois de pronto, vai beneficiá-lo diretamente. “O trânsito vai ficar bem melhor para todo mundo. Hoje, quem quer ir do Centro ao Jardim Promeca precisa ir até Campo Limpo Paulista (Avenida Duque de Caxias), ou, para fazer o inverso, tem de ir até o Viaduto dos Emancipadores, lotado em alguns horários”.
Nova melhoria
Segundo Bueno, a Prefeitura já realiza um estudo para que seja feito um retorno a Jundiaí, aos motoristas que sairão do Viaduto da Ponte Seca. Eles trocarão de faixa de rolagem para acessar a ponte que ficará sobre o Rio Jundiaí. “Já foi feito o levantamento topográfico e escolhemos a área, em conjunto com a Secretaria de Trânsito, para as melhores condições de tráfego. Estamos agora na fase de ensaio de solo, para posterior elaboração do projeto, além do levantamento de valores”, explica.
De acordo com o gestor, a administração municipal busca os recursos necessários à nova intervenção junto ao Governo Estadual, mas não está descartado que o custeio seja feito com o tesouro municipal. O prefeito Juvenal Rossi inclusive tratou do assunto, em conversa com o governador Geraldo Alckmin, na manhã da última quarta-feira (20), em Jundiaí. Ainda não há previsão de início das obras.