Clube da Melhor Idade é ótima opção para população acima dos 60 em Várzea Paulista

Desenvolvimento Social - Destaques

Projeto com diversas atividades atrai idosos varzinos que buscam mais qualidade de vida

 

Os munícipes de Várzea Paulista podem contar com o apoio do Clube da Melhor Idade para ter uma vida mais saudável. Por meio de atividades que estimulam tanto o físico quanto a mente, o Centro de Convivência também possibilita interação e convívio social.

 

Alessandra Roncado, professora e coordenadora do clube, conta que são oferecidas aulas gratuitas de ginástica, pilates, capoeira, coreografia e vôlei adaptado, além de jogos de mesa (dama, buraco, dominó e xadrez) e artesanato, que trabalha bastante com material reciclado.

 

 

Para fazer parte do projeto é necessário ter a partir de 60 anos, embora a procura de demais faixas etárias tenha sido grande. Uma avaliação é feita com o candidato que quer participar do clube, passando por uma balança de bioimpedância para calcular massa magra, gordura corporal e visceral. As medidas são anotadas para que o resultado do trabalho seja visto ao longo do ano. “Na metade de 2018, que foi quando inauguramos o clube, constatamos que a população idosa estava perdendo massa magra, que é de músculo. Mas quando fizemos avaliação novamente em esse ano percebemos que eles tiveram uma pequena melhora, o que mostra que nosso trabalho com as atividades está ajudando”, explica Alessandra. Há também liberação miofascial, que é como uma massagem, cujo objetivo é liberar a musculatura.

 

A Maria Fatima Nascimento Moraes, 62 anos, é munícipe da cidade e resolveu parar de fazer atividades pagas para o convênio de saúde e decidiu participar somente do Clube da Melhor Idade. “Optei por aqui porque é melhor, muito bom mesmo. Quem tem a mesma faixa etária, eu convido pra ir também!”, conta. A senhora explica como as atividades ajudaram em sua saúde: “Sou aposentada, mas trabalhei por 30 anos com serviço pesado, o que detonou minha coluna. Agora minha saúde está bem melhor, está sendo maravilhoso participar desse projeto. Antes ficava parada em casa, mas hoje não, vou às aulas, faço várias amigas, é muito legal!.” Ela participa há um ano do clube e afirma que não vai parar com a rotina de atividades. “Vou três vezes por semana, faço ginástica e pilates, uma aula casa com a outra, né, e fazem super bem pra gente que já passou da casa dos sessentinha”, explica.

 

 

Cerca de 200 pessoas estão cadastradas no projeto, mas em média 150 delas são ativas e participantes. Alessandra conta que há interesse em ampliar as atividades do clube por conta dos pedidos dos frequentadores. “Estamos tentando fazer parceria com a Educação para alfabetização; com a Informática, pois muitos dos idosos não têm acesso e pedem para aprender; e a criação do coral”, revela. Ela também mistura saúde e competição, pois treina os idosos para o JORI (Jogos Regionais do Idoso).

 

 

Adalton Luis de Barros tem 60 anos e conta que o projeto “é muito bom e faz bem, e, além disso, o pessoal está começando a se conscientizar mais de que é bom a gente praticar exercício”. O senhor também explicou que sua saúde melhorou nesse período de tempo em que está fazendo as atividades e percebeu em conversa com os demais colegas que o mesmo também aconteceu com os outros frequentadores. Ele revelou que são poucos os homens que participam do clube e que isso deveria mudar: “É, então, tem esse problema que a gente tem que quebrar, porque a classe masculina fica meio tímida, envergonhada, vamos dizer assim, porque a maioria é mulher, né. Ainda a gente vê aquele machismo antigo, mas na verdade é uma coisa muito boa para qualquer pessoa e que faz muito bem pra saúde, dá pra todo mundo interagir e conseguir participar”, finaliza.

 

 

A professora, formada em educação física e que trabalha há nove anos no município, explica que o projeto é muito gratificante. “Eu ensino, mas também aprendo o tempo todo junto com eles. Tem dias, por exemplo, que se você chega cabisbaixo, eles dão um conforto. E tem dias em que eles estão cabisbaixos e você tem que dar uma palavra de apoio. Uma vez, uma das frequentadoras chegou e me falou: ‘nossa, você não sabe o quanto você melhorou a minha vida’. Eu fiquei muito alegre e surpresa porque não imaginava. Na verdade, é meu trabalho, mas eu gosto muito do que faço e aplico muito amor e carinho. É muito bom e gratificante ver que esse amor realmente está indo pras pessoas e está retornando dessa forma”, conta.

 

 

Para participar do Clube da Melhor Idade é preciso primeiro se referenciar em algum CRAS. Depois, basta ir ao Centro de Convivência (Rua Pedro Poloni, 36, Centro) e fazer o cadastro, agendando uma avaliação. “Todos que se cadastram passam por essa avaliação, independente se quiserem praticar atividades físicas ou não. Em nosso trabalho, orientamos quais atividades essa pessoa deve participar e fica a consenso dela praticar o ou não, mas a gente indica e orienta”, completa a professora.