Evento reuniu representantes das Unidades Gestoras de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Guarda Civil Municipal
Na última quarta-feira (31), foi realizado em Várzea Paulista o I Seminário sobre Violência Domestica e Familiar. O encontro realizado pela Guarda Civil Municipal de Várzea Paulista, contou com a presença de representantes das Unidades Gestoras de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social.
O intuito do evento foi apresentar o papel das instituições do município e a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência. De acordo com a corregedora municipal, Marcia Amorim, o encontro faz parte de um convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça. “Esta é a terceira fase do projeto, voltado para as políticas públicas da rede de atendimento”, diz. A primeira fase foi a aquisição de novos veículos para a GCM e a segunda fase, aquisição de computadores para informatizar a rede.
O trabalho terá a continuidade com a distribuição de folders informativos para as mulheres, para as crianças e para os servidores públicos, cada um com um direcionamento específico. “Esse é um assunto difícil, mas é a realidade que vivemos e precisamos enfrentar”, afirma. “Queremos mostrar as portas de saída para a violência”, relata Marcia.
O prefeito Juvenal Rossi falou que a violência domestica muitas vezes é velada, mas que a Lei Maria da Penha oferece apoio e proteção às mulheres. “Os homens agressores precisam saber que hoje existe uma lei que protege as mulheres”, falou. “Fortalecer esse vínculo entre as vítimas e os serviços públicos é um grande desafio, mas queremos fazer a diferença na vida dessas mulheres e auxilia-las e buscar uma vida plena”, conclui.
Caminhos
Sueli Ramos, do Centro de Referência da Mulher (CREM) falou sobre o enfrentamento e rompimento da violência contra a mulher. “O serviço oferece acolhimento, acompanhamento, encaminhamento e atendimento social e psicológico”, explica. O CREM está localizado na Rua Arajá, 199 – Vila Tupi e funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. O telefone é 4606-0437.
O delegado de Polícia Civil, Victor Oliveira Paula, relatou que a delegacia é a porta de entrada de muitas mulheres que sofrem violência doméstica. “Vemos a fragilidade e o medo. Precisamos estar sensibilizados com a questão das mulheres e enfrentar esse problema”, falou Victor.
Crime silencioso
O comandante da Guarda Civil Municipal de Várzea Paulista, Pedro Eli, destacou que os crimes de violência doméstica são feitos em silêncio, dentro do lar. “A maioria das violências acontecem à noite e aos finais de semana”, relata. “Podemos dizer que os números em nossa cidade são pequenos, mas isso só acontece porque as maiorias das vítimas não denunciam seus agressores, na maioria das vezes por medo”, diz o comandante. “Mas a Guarda Municipal tem se preparado e oferecido apoio as vítimas”.
Parceria com o Ministério Público
Durante o seminário, o comandante Eli, falou sobre uma parceria inédita na região, que o município está firmando com o Ministério Público, em medidas protetivas. “A ação já foi aprovada pela Câmara Municipal e em julho os guardas farão um curso no Ministério Público em São Paulo”, explica. A expectativa é que o serviço tenha início em agosto. “Está é uma conquista para as mulheres de nossa cidade, uma proteção à vida”, conclui Eli.