Na reunião, foram abordados assuntos sobre a merenda escolar, fiscalização alimentar e orientação aos conselheiros sobre a função do programa PNAE no munícipio
Foi realizado nesta terça-feira (31), no auditório da Secretaria de Educação, o treinamento de alimentação escolar 2016, juntamente com os conselheiros das escolas municipais, para discutir o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), que, entre tantos objetivos, busca orientar como deve ser o acompanhamento nutricional nas escolas.
De acordo com a nutricionista Raquel Coelho, o objetivo do treinamento é orientar como deve ser feito a fiscalização nas escolas e também levar nas reuniões as necessidades emergências das unidades escolares. “O principal intuito desse conselho é o planejamento, com a elaboração de soluções mediante as necessidades dentro das escolas”, enfatizou.
Atualmente, o Conselho de Alimentação Escolar conta com 12 participantes que trabalham fazendo a ligação entre a escola e o órgão público. Segundo o advogado Marcelo Canale, como as escolas recebem verbas que vem do Estado, o conselho contribui na prestação de contas. “O Conselho deve fazer reuniões periódicas para aprimorar a fiscalização dentro das escolas e relatar o desempenho das unidades”, ponderou.
Na ocasião, foram levantadas as questões sobre o cardápio alimentar, os tipos de obesidade infantil e propôs soluções cabíveis como deve ser a alimentação saudável nas unidades. Segundo Raquel, as crianças se “alfabetizam” com o alimento logo nos primeiros anos de vida. “A criança guarda os alimentos que consome até os 5 anos de idade, se os pais obrigam uma criança ingerir verduras, a criança automaticamente vai fazer um bloqueio passando a não gostar do alimento”, explicou a nutricionista. “A mudança de hábitos alimentares deve ser feito sutilmente”.
Para a estagiária de nutrição, Andrea Modesto, a criança passa maior parte de sua vida na escola, e a relação entre professores e cozinheiras são de extrema importância para o desenvolvimento do aluno. “O ambiente alimentar é propício a aprender e também a se alimentar”, considerou.
PNAE
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), implantado em 1955, contribui para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional.
São atendidos pelo Programa os alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público), por meio da transferência de recursos financeiros.
O PNAE tem caráter suplementar, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII, da Constituição Federal, quando determina que o dever do Estado (ou seja, das três esferas governamentais: União, estados e municípios) com a educação é efetivado mediante a garantia de “educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até cinco anos de idade” (inciso IV) e “atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde” (inciso VII).