Município participou da campanha estadual para conscientizar frentistas e motoristas sobre os riscos do benzeno
Na última quarta-feira (18), a Secretaria de Saúde de Várzea Paulista realizou no município a campanha “Não Passe do Limite! Complete o tanque até o automático”. O objetivo foi conscientizar frentistas e motoristas sobre os perigos de abastecer o tanque de gasolina “até a boca”, velho costume que contribui para o aumento da poluição do ar, além de oferecer sérios riscos à saúde, prejudicar o veículo e o Meio Ambiente.
Durante o dia, técnicos da Vigilância Ambiental e Vigilância em Saúde do Trabalhador visitaram todos os postos de gasolina do município. De acordo com o supervisor de Saúde Coletiva, Kleber Zechin, o intuito da campanha é conscientizar o frentista sobre a importância de fazer uso do travamento automático da bomba e manter distância segura durante o abastecimento, evitando assim, a inalação dos vapores liberados pelo combustível durante o processo.
“Além do benzeno, diversas outras substâncias nocivas presentes na gasolina são liberadas durante o processo de abastecimento. Algumas dessas são comprovadamente cancerígenas. O travamento automático da bomba protege o trabalhador e o condutor do veículo”, explica.
Além do limite
Ao abastecer o veículo além do limite automático, os frentistas e clientes expõem-se mais aos vapores da gasolina, que contém diversas substâncias químicas invisíveis ao olho humano, mas extremamente perigosas à saúde.
Em curto prazo, a gasolina e seus vapores podem causar dores de cabeça, tontura, náuseas, vômito, irritação à pele e aos olhos, sonolência e vertigem. Em longo prazo, a exposição provoca danos ao Sistema Nervoso Central, ao sistema sanguíneo e ao fígado.
Além disso, pode causar defeitos genéticos – no caso de mulheres gestantes, câncer e prejuízos à saúde da pessoa que inalar os vapores. Os vapores também são prejudiciais ao Meio Ambiente e podem causar sérios danos.
Como medida preventiva para controlar as emissões, todos os veículos fabricados a partir de 1986 possuem o cânister, dispositivo conectado ao tanque de combustível que controla as emissões de vapores tóxicos. Ao abastecer além do limite, pode-se danificar o cânister do carro e causar a liberação desses vapores no ar.