Teve início segunda-feira (17), em Várzea Paulista, a Semana ‘D’ contra a Dengue. Tendas educativas estão sendo montadas nas Unidades Básicas de Saúde dos bairros com maior ocorrência da doença, que são Vila Popular, Jardim Promeca e Vila Real. 

 

Nesta terça-feira (18), as atividades estão concentradas na UBS da Vila Real. As técnicas de Saneamento Graça de Freitas e Natalia Queiroz esclareceram as dúvidas da população. De acordo com Graça, uma das principais dúvidas é o que fazer quando se encontra a larva do mosquito na água. “É importante jogar na água na terra ou cimento, num local onde ela não empoce. A água tem que evaporar totalmente para que a larva não se desenvolva”, explica. 

 

A técnica Natália ressalta que a limpeza do recipiente é primordial. “Mesmo eliminando a larva, os ovos ainda ficam presos ao objeto”, informa. “Por isso é necessário lavar bem, com a parte verde da esponja de limpeza, para que os ovos também sejam eliminados”, afirma. Os ovos do mosquito da Dengue podem sobreviver em média dois anos, mesmo sem ter o contato com água. A moradora do Jardim América IV, Adalgisa Paula da Silva, 61 anos, aprovou a iniciativa. “É bom saber como cuidar do quintal”. 

 

 

No último dia da ação (19), também será realizado um pedágio educativo, com distribuição de panfletos, em frente ao supermercado Russi, do bairro Santa Terezinha. O intuito é conscientizar os munícipes.

 

 

 

De acordo com Nanci Martinuzzo, médica veterinária e coordenadora técnica do setor de Vigilância e Controle de Zoonoses, é importante que a população esteja alerta e preparada para combater a proliferação do mosquito. “A época de chuvas está chegando e os criadouros devem ser eliminados”, ressalta. Nanci explica, que com o aumento da temperatura o ciclo de vida do mosquito torna-se mais acelerado e ele se reproduz com maior velocidade. “Eles estão crescem mais rápido, por isso, o combate tem que ser mais intenso”, afirma. 

 

Nos próximos meses, a Secretaria de Saúde de Várzea Paulista vai intensificar as ações preconizadas no Plano Nacional de Combate a Dengue (PNCD) e desenvolver ações de educação e conscientização para mobilizar a população na eliminação de criadouros do vetor.

 

 

O município também está em alerta sobre a transmissão do vírus chikungunya, já que ele é transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti. Sabendo que é um vírus novo, e que ninguém na região foi contaminado, todos são suscetíveis à doença. “É necessário que todos estejam empenhados para que o vírus não chegue até a cidade”, alerta. 

 

 

O combate ao criadouro deve ser intenso, para que o mosquito não tenha onde se reproduzir. “É importante estar atento a qualquer local que possa acumular água. Uma sacola plástica, jogada no chão pode juntar água. Por isso, manter o quintal limpo e estar atento são de extrema importância”, conclui a coordenadora. 

 

Possíveis criadouros: vasos sanitários e caixas de descarga sem uso frequente, ralos externos, tambores de armazenamento de água, bromélias, vaso de flores e plantas, pneus velhos, caixas d’águas, piscinas, garrafas vazias, recipientes descartáveis, sacos de lixo, bebedouro de animais, entre outros.