Animal peçonhento foi resgatado no bairro da Vila Iguaçu
A Guarda Ambiental Noturna capturou na noite de terça-feira (29), uma cobra coral falsa, na Rua Tanque Velho, na Vila Iguaçu. A Central de Inteligência de Comando da GM varzina recebeu a denúncia da moradora da residência e os guardas foram fazer a busca do animal peçonhento.
O Guarda Ambiental Pedroso, que participou da ação informa que em casos como esse, os moradores não devem tentar capturar ou matar o animal. “A pessoa corre o risco de ser atacada e coloca em risco a cadeia alimentar, já que as cobras se alimentam de pequenos roedores”, informa. A cobra foi solta em uma área de mata, sem a presença de animais exóticos.
Acidentes
Em casos de ataque, a pessoa acidentada deve ser levada imediatamente ao hospital, procurando, se possível, capturar a cobra ainda viva. “É preciso evitar que a pessoa fique nervosa, se locomova ou faça esforços, para que o veneno não se espalhe mais rápido no corpo”, explica Pedroso. O GM informa também que não devem ser utilizadas técnicas como abrir a ferida para retirar o veneno, chupar o sangue, isolar a área atingida ou fazer torniquetes. “O soro antielapídido é a melhor opção”, afirma.
O GM usa um ditado popular, como dica, para distinguir entre uma cobra coral verdadeira ou falsa. “Vermelho com amarelo perto, fique esperto. Vermelho com preto ligado, pode ficar sossegado”, mas ressalta que a distinção entre as espécies só é comprovada através de exame minucioso da posição das presas ou da qualidade dos desenhos (anéis).
A Guarda Ambiental funciona 24 horas. O telefone de contato é o 0800 77 00 811 ou 4596-7744.
Cobra Coral
As cobras-coral possuem uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. A coral necessita ficar “grudada” para inocular a peçonha pelas pequenas presas, sendo tão peçonhenta quanto uma Naja. A coral verdadeira geralmente é identificada pela posição das presas ou pela quantidade e delineamento dos seus anéis. As peçonhentas de forma geral possuem um ou três destes anéis completos em volta do corpo e as não-peçonhentas os possuem apenas na parte dorsal.
A coral tem hábito noturno e vive sob folhas, galhos, pedras, buracos ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender, geralmente levanta a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração; este pensa que é a cabeça da cobra e foge para não ser atacado. As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e à maior necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam.