Servidoras municipais participam de reunião com gestora municipal de Segurança Pública de Jundiaí

Coronel Carla Basson prestou informações e orientações a trabalhadoras de Prefeitura de Várzea Paulista e convidadas; Conselho dos Direitos da Mulher da cidade considerou saldo positivo

Na quinta-feira (31), último dia da campanha nacional Agosto Lilás — pelo fim da violência contra a mulher —, servidoras e gestoras municipais de Várzea Paulista e outras convidadas tiveram um encontro de aprendizado promovido pelo CMDM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) de Várzea Paulista, no Hotel Orquídea Inn, com apoio da Prefeitura. O destaque foi a palestra informativa e interativa conduzida pela gestora municipal de Segurança Pública de Jundiaí, coronel Carla Basson.

O objetivo foi motivar as mulheres na luta pelo empoderamento e informá-las como agir e saber pedir socorro de forma segura, quando sofrerem qualquer tipo de violência (que inclui até mesmo ameaças). Foram mais de 100 mulheres presentes, além de alguns homens, claramente interessados e participativos.

A gestora ainda abordou sua carreira militar, com os desafios inerentes a uma mulher na busca de seu espaço, e defendeu que cabe às mulheres fazer o seu melhor no cargo que ocupam, em prol da mudança de mentalidade machista ainda presente em muitas pessoas. Outro ponto de destaque foi a explicação do aplicativo Está Acontecendo, desenvolvido pela GCM (Guarda Civil Municipal) varzina — essa parte foi conduzida pela guarda responsável pelo projeto, Aretusa Azevedo.

A presidente do conselho, Silvana Ferreira, ficou bem satisfeita com o evento, que superou suas expectativas. “Queríamos falar do Agosto Lilás, mas também das fases da mulher. A coronel tem vasto conhecimento e uma trajetória bonita, de superação até chegar à difícil patente que possui hoje. Contando sua bonita história, ela conseguiu deixar as meninas à vontade para chegar ao tema central do combate à violência. Encerramos o Agosto Lilás com chave de ouro e mostrar que a luta pelo fim da violência deve ser uma bandeira de todas as mulheres, independentemente de sofrerem isso ou não”, declarou.

A responsável pelo colegiado fez questão de externar agradecimentos: ao Governo Municipal encabeçado pelo prefeito professor Rodolfo Braga, por ter criado o conselho e ter apoiado um evento que permitiu envolver tantas mulheres que não são do colegiado; a todas as mulheres do conselho, em especial à vice-presidente, Nilsen Carneiro; à cerimonial da Prefeitura, Zana Oliveira; à escola municipal Musicarte, que fez apresentação de música na abertura do evento, liderada pelo professor Tiago Costa; ao gestor municipal de Governo e Administração, João Paulo de Souza; ao público presente, apoiadores e aos envolvidos na realização, de modo geral.

Também prestigiaram o encontro mulheres que exercem funções de liderança da Prefeitura, como a gestora municipal de Assuntos Jurídicos e Recursos Humanos, Dra. Florenides Gaino, a gestora executiva municipal de Desenvolvimento Social, Mônica Pazotto, a gestora executiva municipal de Cultura, Renata Câmara, e uma das gestoras executivas municipais de Saúde, Jane de Freitas.

As participantes receberam brindes fornecidos por instituições apoiadoras do evento.

Como denunciar?

Basta entrar em contato (pode ser de forma anônima) com os canais disponíveis 24 horas por dia: aplicativo Está Acontecendo, criado GCM (Guarda Civil Municipal) varzina para deixá-las mais ágeis (disponível no Android e iOS), ou telefones: 153 (GCM); 180 (Disque Denúncia); 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil). Todos esses órgãos recebem a denúncia e fazem o encaminhamento adequado da mulher para o atendimento municipal devido. 

Tipos de violência

Física:  envolve o uso da força física que pode, ou não, causar danos, ferimentos ou lesões.

Psicológica: tem como objetivos controlar, humilhar, ameaçar ou diminuir a autoestima e autonomia.

Moral: com insultos, difamações, manipulações e exposições, o agressor busca controlar e dominar a vítima.

Sexual: envolve qualquer ato não consensual de natureza sexual contra a vítima.

Patrimonial: abuso que busca controlar e prejudicar a independência financeira e material da mulher. Isso pode incluir retenção de recursos financeiros, destruição de bens pessoais, controle abusivo das finanças e impedimento de acesso aos recursos econômicos.