No primeiro mês de gestão, nova administração de Várzea Paulista prioriza ações urgentes de infraestrutura e elabora novos projetos
Com menos de um mês de gestão, a nova administração da Prefeitura Municipal de Várzea Paulista já iniciou diversas obras relacionadas à limpeza e manutenção de vias da cidade. Melhorar as condições de infraestrutura é uma das prioridades para o prefeito Juvenal Rossi. A nova administração está atuando em toda a cidade e também desenvolve novos projetos.
O secretário de Infraestrutura, Renato Germano, afirma que é preciso uma atenção especial à cidade, principalmente nas áreas mais críticas, onde se necessita de mais reparos. “Nosso principal objetivo é mudar progressivamente a atual situação na qual Várzea Paulista se encontra e, assim, dar melhor condições de vida para os moradores”, enfatiza.
De acordo com o supervisor da pasta, Alex Sandro de Siqueira, em razão das dívidas deixadas pela gestão anterior, todos os trabalhos foram realizados por meio de doações de materiais e ajuda da comunidade. “As colaborações foram desde empréstimo de enxadas por parte de servidores, passando por trabalhos voluntários de capinagem executados por cidadãos, até a cessão gratuita de massa asfáltica por empresas para a Operação Tapa Buraco”.
As ações estão sendo priorizadas também nos bairros onde ainda há população em situação de pobreza como, por exemplo, na Vila Real. O córrego que se estende por toda a Rua Ilha Bela está passando por desassoreamento para evitar enchentes. “Estamos limpando as margens e retirando mais de 300 caminhões de lixo, terra e entulho. Uma ação fundamental para aumentar a capacidade de vasão de água e evitar transbordamentos”, explica Alex.
Recuperação de Ruas e Avenidas
Entre as ações realizadas nesse período está a Operação Tapa Buracos, iniciada desde o primeiro dia de trabalho da nova gestão municipal. A iniciativa recuperou 16 vias do município com grande fluxo de veículos e que necessitava de reparos urgentes. Os trabalhos incluem ainda um planejamento que visa à melhoria e limpeza de 220 vielas da região central da cidade.
Foram recuperadas as seguintes vias: o trecho que liga as Avenidas Fernão Dias Paes Leme e Duque de Caxias; os dois trechos da Marginal do Rio Jundiaí; as Avenidas Ipiranga, Costa e Silva e Marginal do Córrego Guarani; as ruas Dr. Rubens Noce, Fausto Silveira Pires, Laguna, Pedro Alvares Cabral, Potiguara, Treviso, Taguá, Deolindo Sutti e Prudente de Moraes; e a Estrada do Mursa que também está recebendo limpeza nos acostamentos.
Força-tarefa para limpeza de Escolas e Hospital
Desde a primeira semana de gestão, se iniciou uma Força-tarefa de limpeza nos equipamentos públicos no município, principalmente UBSs – Unidades Básicas de Saúde e CEMEBs – Centros Municipais de Educação Básica, que incluem o serviço de capinagem, podas de árvores e reparos de telhados. Voluntários também participam. O Senhor Benedito Siqueira de Oliveira, 53 anos, antigo morador de Várzea Paulista, está satisfeito em colaborar com a capinagem. “Estou motivado em ajudar a Prefeitura nos cuidados com a cidade“.
Até agora foram concluídas as CEMEBs Carlos de Almeida, Profª Juvelita Pereira da Silva, Zilda Arns, Profª Maria Aparecida Aprillanti, Luiz Fioresi, Pe. Wilfrido Wieneke, São Miguel Arcanjo, Prefeito João Aprillanti e Oswaldo Camargo Pires. Para o levantamento de problemas elétricos e hidráulicos desses prédios, a Secretaria de Infraestrutura Urbana irá realizar parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer.
Prevenção de Enchentes
Além dos trabalhos de limpeza do córrego da Rua Ilha Bela, a Secretaria de Infraestrutura Urbana de Várzea Paulista também realiza o desassoreamento do Córrego do Bertioga. Principalmente no trecho final da Avenida Castelo Branco, que cruza a Avenida Ipiranga, exatamente antes da Estação Ferroviária de Várzea Paulista, e no encontro com as águas do Rio Jundiaí. “Estamos aumentando o diâmetro do rio e tiraremos um pouco da terra que fica mais ao fundo, para aumentar o desnível e facilitar o escoamento da água” – explica o secretário de Infraestrutura Urbana, Renato Germano – “Nos próximos dias, tiraremos mais de 100 caminhões de terra para evitar enchentes quando vierem as chuvas previstas”.
A Prefeitura trabalha a fim de dirimir quaisquer riscos de transbordo do trecho. O secretário reforçou que, depois das chuvas, será dado início ao Piscinão, no Jardim Bertioga. Nesse sentido, já há diálogo entre sua pasta e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e com a Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos. O objetivo é realizar a obra em parceria, para evitar que o fluxo d’água do Córrego do Bertioga, antes de chegar ao leito jundiaiense, sofra refluxo e tome o caminho inverso.
Esse problema ainda ocorre, pois, as águas do Bertioga, ao chegarem ao Rio Jundiaí – que funciona praticamente como uma barreira quando está muito cheio – impossibilitam, segundo ele, que todo o volume deságue no rio. Quando há chuvas torrenciais, isso gera um refluxo que aumenta o nível do Bertioga, podendo causar enchente. Embora esse risco já seja bem menor, com a operação emergencial que se concluirá nos próximos dias.
Defesa Civil
De acordo com o coordenador de Defesa Civil, Cristiano Vargas, as ações de prevenção são sempre contínuas. “As áreas de risco estão todas mapeadas e são monitoradas diariamente – ininterruptamente –, em parceria com a Guarda Municipal [que recebe as ligações de emergência 24 horas por dia], o Grupamento de Bombeiros Civis Voluntários [que fazem escala em seus períodos de folga] e a Secretaria de Trânsito. As previsões de chuva são monitoradas dia a dia e há sempre acompanhamento “in loco” da situação dos locais mais críticos”, explica Cristiano. A prefeitura disponibiliza à população o número 0800 770 0811 para a manifestação de ocorrências.
Áreas de Risco
As áreas do risco, de acordo com a Defesa Civil, são os Jardins Américas, o Jardim São Paulo, a Vila Real e o Jardim Promeca, além das residências próximas ao Córrego do Bertioga, monitoradas de perto pela Secretaria de Trânsito. Em geral, segundo o coordenador da Defesa Civil, Cristiano Vargas, são morros e barrancos, sobretudo que possuem plantação de bananeiras. “As bananeiras retém água em suas raízes e isso facilita a queda dessas plantas quando há chuva forte”, explica.
Segundo o secretário de desenvolvimento social, Jeremias Santana, os assistentes sociais dos CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) conversam sempre com as famílias de áreas de risco e as orientam, caso haja risco iminente de desabamento ou alagamento, a não permanecerem nas residências e entrarem em contato com a Prefeitura. “Sempre orientamos a procurar os familiares, primeiramente; se não há como, direcionamos às entidades beneficentes e, sem essa possibilidade, temos o Ginásio de Esportes Ayrton Senna da Silva, para acolher essas famílias, até solucionarem seus problemas. Também há possibilidade de fornecermos, de acordo com o caso, o Auxílio Aluguel e o Auxílio Transporte, usado para levar os bens, que não se perderam com as chuvas, para o local de acolhimento ou nova residência”, explica.
Parceria com o Governo do Estado: água encanada e esgoto
Em breve, o bairro Gauchinha receberá água potável por meio de um acordo com a Sabesp. Atualmente a Prefeitura disponibiliza um caminhão pipa que fornece água para o local, gerando gasto de R$ 20 mil por mês. Está prevista também para julho de 2013 a conclusão da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na Marginal do Rio Jundiaí. A ETE vai tratar o esgoto de Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista e despoluir a bacia do Rio Jundiaí, além dos córregos dos municípios contemplados no projeto.