Projeto Aprender a Estudar Textos promove inclusão e interação para alunos da escola municipal Padre Wilfrido

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Equipe Labedu (Laboratório de educação) realizou, na escola Padre Wilfrido Wieneke, uma atividade de observação didática do projeto; o aluno bilíngue Isac Clarindo se destacou como intérprete no contato com estagiários americanos

Na segunda-feira (26) o Cemeb (Centro Municipal de Educação Básica) Padre Wilfrido Wieneke (Residencial Aimoré), recebeu a visita da equipe do Projeto Aprender a Estudar Textos, para uma atividade de observação didática. A iniciativa é fruto da parceria entre a Unidade Gestora Municipal de Educação e o Labedu (Laboratório de Educação). Dois estagiários estrangeiros estiveram presentes, o que motivou e animou muito os alunos, tendo em vista que o momento foi uma grande oportunidade de aprendizagem para ambas as partes, por meio de uma troca de saberes e vivências.

Um destaque foi a atuação do aluno autista do 5° ano, Isac de Jesus Santos Clarindo, que, por ser bilingue, foi o intérprete oficial da atividade, agindo como mediador da comunicação dos visitantes americanos com os outros estudantes. O menino de 10 anos afirmou estar feliz com a atividade.  “A vinda deles deixou os dias muito especiais. Falei inglês e mostrei a escola para eles, e isso me deu muita alegria”, disse o garoto.

Segundo a gestora municipal de Educação, Magali Souza, é importante compartilhar experiências e ações na perspectiva de uma escola inclusiva. “O aluno deve ser considerado como indivíduo de forma singular, pois cada um tem habilidades e dificuldades que devem ser respeitadas, estimuladas e reconhecidas em seu processo de desenvolvimento. O movimento ocorrido no Cemeb Padre Wilfrido Wieneck traduz e apresenta a educação de forma humanizada e inclusiva”.

De acordo com Bruna Caruso, coordenadora do projeto Aprender a Estudar Textos, a observação de sala de aula é uma ação muito importante de todo processo formativo, que leva ao aprimoramento permanente da prática pedagógica. “O projeto AET nos permite acompanhar as aprendizagens das crianças e termos pistas sobre como ajustar os nossos encontros de formação para que as professoras implementem com maior autonomia e confiança as estratégias didáticas que propomos. É uma prática de formação que considera o processo de aprendizagem do adulto em contexto de trabalho”, explicou.

Ações inclusivas são essenciais

A vice-diretora da escola, Débora Brum Martinelli, destacou a importância de aprender e estudar textos. “As crianças estão empolgadas em participar, se sentem estimuladas”, disse. “O nosso aluno Isac é tímido, mas, quando os estagiários americanos chegaram, ele sorriu e interagiu de forma extraordinária; foi pegando as informações e traduzindo para eles e para os alunos. Foi uma experiência sensacional”, comentou.

De acordo com a mãe do aluno Isac, Bruna de Jesus Santos, ele aprendeu a falar inglês sozinho. “Meu filho é mais na dele. Costuma ficar quietinho, mas o hiperfoco dele é o inglês. Por isso, ele amou a vinda dos estagiários, ficou muito feliz e interagiu muito, chegou em casa contando todos os detalhes, dizendo que foi ótimo e maravilhoso. Ele até ajudou os colegas e me deixou muito orgulhosa”, citou.

A professora Aline Moraes Martins afirmou que a experiência foi riquíssima. “Os alunos ficaram muito empolgados e a interação entre todos foi surpreendente. Trocamos muitas informações. Nós nos sentimos gratos pela oportunidade de compartilhar esse momento e certamente essa experiência ficará na memória de cada aluno, pois tivemos troca de experiências e crescimento mútuo”, disse.