O intuito do debate foi avaliar pontos que causam polêmica. Os palestrantes Jorge Belix e Domenico Tremarolli debateram a lei da anistia para aqueles que praticaram o desmatamento em até 2008
Na manhã do último sábado (18), ocorreu um debate em discussão ao novo código florestal na Câmara Municipal. O evento contou com palestras dos especialistas Jorge Belix, presidente da Associação Mata Ciliar, e Domenico Tremarolli, Gerente da CETESB Regional de Jundiaí. Também participaram do encontro o vice-prefeito Lula Raniero, o secretário de Obras, Urbanismo e Meio Ambiente Cícero Petrica e o secretário adjunto de Meio Ambiente Marcelo Firmino.
Em seu discurso, o vice-prefeito Lula Raniero agradeceu a presença de todos e salientou a importância do debate. “Assuntos referentes ao meio ambiente são de responsabilidade de todos. Todos seremos afetados de alguma forma e nós da administração estamos priorizando as questões ambientais e elas estão sendo discutidas a curto e longo prazo, no Plano Várzea 2022”.
O secretário adjunto de Meio Ambiente, Marcelo Firmino, agradeceu todos os parceiros do Mês do Meio Ambiente e destacou que as reflexões propostas no período devem ser constantes. “Não só no mês de junho, mas em todo ano a atual administração tem se preocupado em se tornar uma cidade referência em sustentabilidade e saneamento ambiental para outros municípios”, diz.
Ricardo Siqueira é estudante de especialização em Gestão Ambiental e participou do debate para se interar sobre as possíveis mudanças que ocorrerão no código que está em vigor desde 1965. “Foi muito bom fazer parte do debate, pois o assunto coincide com a matéria que estou estudando no curso. É bom que eu me intere sobre as mudanças que podem ocorrer”, diz Ricardo.
O Código Florestal é a legislação que estabelece regras para a preservação do meio ambiente. O intuito do debate foi discutir alguns pontos polêmicos como a anistia a quem desmatou até julho de 2008. “Esse artigo no código que foi aprovado na Câmara dos Deputados no mês passado é motivo para desmotivar quem cumpriu a lei na íntegra”, avalia Jorge Belix.
Domenico Tremarolli compartilha da mesma opinião. Ele chama atenção para um possível conflito. “A anistia para quem desmatou até 2008 irá causar conflitos entre aqueles que cumpriram a lei e aqueles que não cumpriram a lei, e quem perde com isso é o meio ambiente. Há punição para quem assassina um ser humano, deve haver leis contra aquele que pratica desmatamento ilegal também”, diz Domenico. Ele ainda considera que o Código Florestal deve se adequar e priorizar as mudanças que acontecem devido aos fenômenos naturais.