Programa Brasil Alfabetizado já atendeu cerca de 2000 pessoas em Várzea

Todo brasileiro tem direito a ler e escrever, garantido pela Constituição Federal. A realidade social, no entanto, mostra um índice alto de analfabetismo. Segundo pesquisa realizada pelo Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, publicada em dezembro do ano corrente,  nossa nação é composta de 14.104.984  analfabetos.

O Estado de São Paulo tem o segundo maior número de analfabetos no Brasil, são cerca de 1,5 milhão. Este número leva à preocupação com a questão da educação não só no Estado, como também nos municípios.
Pensando nesta problemática, o Programa Brasil Alfabetizado, do Ministério da Educação, foi implantado no município de Várzea Paulista desde 2005, e tem objetivo sensibilizar a população para o que diz respeito ao analfabetismo. São desenvolvidas reuniões que trazem o assunto a tona e são discutidas formas de mobilizar ações para que o quadro seja superado na cidade.
O Projeto São Paulo: analfabetismo Zero, implantado desde  2008, busca sensibilizar os gestores públicos para consolidar o compromisso de enfrentar o analfabetismo de acordo com a realidade local. Ele tem como objetivo principal criar oportunidades de alfabetização a todos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso ou permanência na educação fundamental.
O documento representa a responsabilidade que o poder executivo municipal têm com relação ao tema. Ele é um compromisso assinado pelos prefeitos para que possam ser trabalhadas iniciativas que combatam a alta incidência de pessoas que não saibam ler e escrever.
Em Várzea Paulista, devido ao comprometimento do Prefeito Eduardo Pereira nestes últimos 5 anos foram atendidas mais de 2000 pessoas. Em 2010, foram 20 turmas, cada uma com cerca de 15 alunos, segundo Arcilei Celio Gabriél- Coordenador Setorial da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Segundo o coordenador, as pessoas que procuram o Programa, buscam objetivos simples, desde ler os destinos dos ônibus, ler a bíblia ou até mesmo aprofundar-se nos estudos e frequentar os demais anos escolares para alcançarem a formação necessária para entrar no mercado de trabalho e até mesmo evoluir funcionalmente.
 
Quem pode participar e horário de aulas
Podem participar do Programa, jovens, adultos e idosos a partir de 15 anos não alfabetizados. Arcilei revela que a faixa de idade que mais procura o Programa é de 30 a 50 anos, mas que já atenderam pessoas de 70 anos.
As aulas são ministradas sempre no período noturno de segundas às quintas-feiras, das 19 horas às 21h30, nas escolas municipais Profª Palmyra Aurora D’Almeida Rinaldi, Prefeito João Aprillanti, Edite Schneider, Carlos de Almeida, Erich Becker, São Miguel Arcanjo, Profª Juvelita Pereira da Silva, João Baptista Nalini e Manoel Caetano de Almeida. As sextas-feiras são reservadas para a formação continuada, que consiste em investir nas orientações pedagógicas que os alfabetizadores devem assumir durante as aulas.
 
 
Parcerias
Nesta última segunda-feira, dia 13 de dezembro houve um encontro na Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer com a participação de Maria Alice de Paula Santos, consultora do MEC- Ministério da Educação e Cultura. Na ocasião, reuniram-se gestores responsáveis dos municípios de Várzea Paulista, Cabreuva, Francisco Morato e Campo Limpo Paulista para tratar da questão da assistência ao Projeto de Cooperação Técnica, desenvolvido em parceria com a UNESCO. O propósito da orientação ministrada pela consultora foi de planejar e atender melhor os jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à alfabetização na idade regular.
De acordo com o secretário de Educação, Luciano Braz de Marques, foram iniciadas várias conversas com os representantes das igrejas, sindicatos e entidades da sociedade civil em geral, com o intuito de ampliar a divulgação do Programa na cidade. “A reunião com o padre responsável pela paróquia Santo Antonio no Jardim Promeca foi muito oportuna. A ideia é aprofundar este tipo de diálogo, para que possamos melhorar o atendimento deste público e atingir a meta de superar o analfabetismo em nosso município”, avalia.
 
A importância dos alfabetizadores
Os alfabetizadores são normalmente professores das redes municipais ou estaduais, mas há aceitação de pessoas que possuam ensino médio, para exercerem a função. Para isso, basta que passem por uma formação inicial de 40 horas e prossigam com a formação continuada durante a implementação do Programa.
Nesta fase de formação inicial de alfabetizadores, são trabalhadas as diretrizes pedagógicas de alfabetização, história da alfabetização no Brasil e perfil dos alfabetizandos da cidade.
Para saber mais sobre o Programa, entre em contato com a Secretaria de Educação, das 8 às 17 horas. O telefone de contato é o 4596-9000/9015.