Alunos da rede municipal realizam primeira colheita do projeto ‘Nossa Horta’

Intercâmbio com escola argentina proporciona vivências que vão muito além da língua estrangeira

 
Os 150 alunos da terceira série da EMEF Professora Edite Schneider realizaram na última quinta-feira (25), a primeira colheita do programa Nossa Horta – parte do projeto Escolas Irmãs, que consiste em proporcionar contato entre alunos de escolas brasileiras com realidades socioculturais diferentes.
Em Várzea Paulista, no entanto, o contato é internacional. Pioneira no projeto, desde o início do ano, a EMEF Edite Schneider troca correspondências com alunos da escola argentina Rayces Alas, que fica em Belen de Escobar, próximo a Buenos Aires. “Fui convidada pela escola argentina para promover o intercâmbio. No início pensamos em trabalhar sobre o uso consciente da água, mas depois percebemos que o espaço aqui era grande e poderíamos ir além, com algo mais concreto. Foi aí que surgiu a idéia da horta orgânica”, explica a professora de espanhol e coordenadora do projeto, Luci Aparecida Souza.
 
Os pequenos, além de aprenderem uma nova língua, através das correspondências e vídeos trocados com os colegas argentinos, também desenvolvem o vocabulário na horta. “Aprendemos os nomes das verduras, das vitaminas, das ferramentas, tudo em espanhol”, explica o aluno Lucas Alves.
 
Educação Alimentar
Todas as verduras colhidas da horta da escola são usadas na merenda escolar. De acordo com a professora, isso estimula os alunos a uma boa alimentação, além disso, eles levam as informações para casa, incentivando os pais a também aderirem a hábitos mais saudáveis. “A atividade passa a ser muito mais que um estímulo à língua estrangeira”, diz.
 
Escolas Irmãs
Parceria entre o Governo Federal e os Municipais interessados, o projeto ‘Escolas Irmãs’ existe desde 2003. Foi apresentado pelo Frei Beto, ex-assessor especial da Presidência da República, com o objetivo de aproximar escolas de comunidades com realidades diferentes, como tornar ‘irmãs’ unidades rurais, urbanas, indígenas, remanescentes quilombolas, públicas, particulares, de diferentes regiões do país.
Hoje, Várzea Paulista é uma das 514 integrantes, no entanto, é pioneira em realizar o projeto com uma escola internacional. Para o coordenador geral do programa e assessor do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Márcio Cruz, o ‘Escolas Irmãs’ promove a cidadania, incentiva a solidariedade e ainda favorece o intercâmbio cultural. “As escolas irmãs brasileiras são muito diferentes umas das outras. Várzea Paulista é pioneira em colocar esse projeto em prática com uma escola internacional, o que é muito bom, porque os alunos trocam informações e criam laços de amizade”, comenta.