Feira de Trocas Solidárias da Vila Real atrai 250 pessoas

A primeira Feira de Trocas Solidárias da Vila Real atraiu pelo menos 250 pessoas da comunidade no último sábado (13). Com barracas diversas e produtos variados, a população compareceu, apesar do tempo nublado. 

A novidade, a Barraca de Talentos, fez sucesso e rendeu à artesã Quitéria da Silva vários produtos. “Faço artesanato em casa, nas horas vagas, e vendo aos vizinhos. Hoje, na feira, consegui trocar vários trabalhos por mantimentos e produtos que estava precisando em casa”, conta.
 
Além da Barra de Talentos, os moradores aproveitaram para trocar pertences que não utilizavam mais. “Achei muito boa a iniciativa, já estamos esperando a próxima. Os produtos são muito bons e o pessoal do Ecobanco avalia com cuidado o que vale e o que não vale. Gostei muito”, afirma a auxiliar de escritório Fátima Santana, que levou sapatos que não usa mais à feira, em troca de 7 “Legais” – moeda usada nesta edição – e foi para a casa com a sacola cheia de mantimentos .
 
Para a secretária de Cidadania e Assistência Social, Giany Povoa, a feira vai muito além do escambo de mercadorias. “É importante que as pessoas valorizem o que tem de melhor e utilizem isso para a troca. É uma forma de ver que ninguém é pobre demais que não tenha algo bom para ser trocado”, finaliza.
 
 
Moeda social
  
A moeda social surge na Economia Solidária como alternativa ao escambo e possui características próprias, sendo considerada um instrumento de desenvolvimento local, destinada a beneficiar o mercado de trabalho dos grupos que participam da economia da localidade. Seu uso é restrito e a sua circulação beneficia a redistribuição dos recursos na esfera da própria comunidade.
  
Em Várzea Paulista, a moeda social tem o nome de ‘Saber’. Por sua circulação restrita, ela auxilia a diminuir o poder centralizador da economia  capitalista globalizada e promove a inclusão social.