Historiador Jean Camoleze detalha como o projeto pode refletir as experiências de Várzea Paulista
Na última quinta-feira (06), a Prefeitura por meio da Unidade Executiva de Cultura, organizou a palestra ‘Memória Coletiva, Patrimônio Histórico e Dimensão da Legislação Municipal’, com o historiador Jean Camoleze, que é doutorado e mestre em ciência da Informação pela Unesp, especializado em História, Sociedade e Cultura.
O encontro foi realizado no Auditório do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) e contou com a presença dos gestores municipais, membros do Conselho de Cultura e sociedade civil. A apresentação teve a finalidade de mostrar os conceitos e teorias para a organização, conservação e implantação de políticas públicas para com a memória coletiva no âmbito municipal.
De acordo com Jean Camoleze, a memória é um fator fundamental de identificação e cultura de um povo. “É através dela (memória) que a pessoa se reconhece como cidadão e vê sua vida ligada à cidade”, informa. Para o especialista, uma Casa da Memória representa o diálogo com a população. “Ela não se restringe apenas ao seu acervo, mas a pesquisas e pessoas”, explica o historiador.
Durante a palestra, Camoleze abordou as diferenças entre história e memórias. “A história é o estudo da ação do homem no passado. Já a memória é a ressignificação do passado em constante mudança”. O historiador destaca que estudar estes dois pontos faz com que as pessoas percebam que as diferenças não são barreiras e sim, pontos de união.
Memórias coletivas
O palestrante explicou que a Casa da Memória deve refletir as experiencias do grupo. “Não podemos focar apenas na família A ou família B. Quantas experiencias e pessoas construíram a história desta cidade e formam a sua memória”, questionou Jean.
O diretor de Cultura, José Moreyra, destacou que o objetivo da Casa da Memória é apresentar a importância da memória coletiva no âmbito da utilização na formação da identidade social e histórica da cidade, focando a reflexão crítica e os métodos de processos para a preservação e difusão das fontes históricas. “Com isso, refletir sobre políticas públicas sobre memória coletiva é um direito básico para o exercício da cidadania, da democracia e da justiça e elemento fundamental para o desenvolvimento local”, disse.
Após a palestra, os convidados conheceram mais sobre o projeto da Casa da Memória e a definição de sua logomarca.