Jovens de Várzea Paulista participam de competição de robótica na Califórnia

Nicole Mikaele e Lavínia Gagliardo Oliveira, 17 anos, vão representar o Brasil na FIRST Robotics Competition, em São Francisco

Duas jovens estudantes, moradoras de Várzea Paulista, foram selecionadas para participar da FIRST Robotics Competition, em São Francisco, na Califórnia. O evento será realizado de 19 a 22 de março e reúne 42 equipes do Ensino Médio de todo o mundo.

A equipe formada por 10 estudantes, tem 7 representantes femininas. O grupo foi selecionado entre mais de 150 alunos e concorre pela classificação para disputar em Houston. Os vencedores ganham uma bolsa pra estudar em Harvard, além de uma visita para conhecer a NASA.

As participantes varzinas foram selecionadas através das entrevistas, avaliando seus conhecimentos gerais sobre robótica e eletricidade, além do nível de inglês. Lavínia Gagliardo Oliveira, 17 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio do Sesi e estudante do curso técnico de plástico, no Senai, contou que já possuía experiência na área por suas experiências cotidianas. “É muito gratificante ter a oportunidade de viajar e de ser reconhecida por todo esforço, estou bem animada” conta. A moradora do Jardim América IV, explica que a robótica é mais do que mecânica, é um trabalho social. “Visitar outro país, conhecer pessoas de outras nacionalidades, me dá mais vontade de aprender, e quem sabe no futuro, dividir esse conhecimento com mais pessoas. Tenho muita vontade de ensinar as pessoas”, afirma a jovem.

Nicole Mikaele, 17 anos, moradora do Jardim Novo Mundo, também faz ensino técnico em plástico no Senai. A estudante afirma que os treinos estão sendo intensos. “Toda vez que pensamos na competição, percebemos o desafio que está sendo e que vai ser, já que treinamos 12 horas por dia”, explica. “Estamos rodeadas de ótimos professores muito bem preparados para auxiliar em tudo. Então da competição só espero positividade”. Em sua primeira viagem internacional, Nicole se sente orgulhosa de representar sua escola e ter seus estudos marcado pela competição. “Estamos num clima muito amigável, de troca de experiencias e trabalho em equipe. Acredito que são aprendizados que levarei por toda a vida”, conclui a estudante.

Segundo o professor Márcio Natal Lopes, do Senai Conde Alexandre Siciliano, responsável pela parte social e que viajará com o time, a competição consiste na manipulação e desenvolvimento de robôs, além da realização de outras tarefas e desafios. “Os alunos ajudam em toda a parte da montagem e na elaboração das estratégias, e principalmente na solução de problemas, já que são muitos”.

Lavínia, professor Marcio e Nicole

A equipe recentemente executou um projeto de inclusão dentro da área da robótica, envolvendo pessoas carentes, pessoas idosas e pessoas com deficiência, uma vez que o programa tem como missão espalhar a ciência, tecnologia e engenharia a todos.