Representante da Associação de Jovens Empresários de Moçambique visita Várzea Paulista

Com interesses empresariais, Aderito Pagere busca estreitar relações com o município

 

 

O presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) de Moçambique Aderito Pagere está de passagem por Várzea Paulista. Pela primeira vez no Brasil, o representante da organização conheceu a Unidade Gestora de Desenvolvimento Econômico e conversou com o gestor Marco Bueno para entender as atividades do setor no município.

 

 

“Passei primeiro por Foz do Iguaçu para discutir possibilidades de importação e exportação com Moçambique. Como tenho interesse empresarial muito forte pelo município, visitei Várzea Paulista com a intenção de aprender um pouco de tudo o que fazem. Conheci o Banco do Povo, o Sebrae e alguns empreendimentos da cidade”, explica Aderito. “Tenho interesse na possibilidade de criarmos um intercâmbio empresarial entre Várzea Paulista e Lichinga, capital de Niassa, onde resido. A ideia é manter contato, estreitar as relações e criar oportunidades”, completa.

 

Em conversa, o gestor municipal conta que o número de empregos no Brasil cresceu 1,27% no primeiro semestre deste ano, mas que em Várzea Paulista esse aumento foi de 3,35%. “Começamos esse trabalho lá atrás com o Microempreendedor. Em cerca de seis anos, o Microempreendedor individual cresceu sete vezes mais na cidade. Hoje contamos com 2.500 MEIs no município, e estes são os futuros microempresários. Agora conseguimos dar visibilidade para essas pessoas que antes não eram vistas”. Marco Bueno ainda conta que desde janeiro de 2013 a média de empregos no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) é de 6 vagas diárias.

 

 

O presidente da ANJE também conheceu o projeto Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), que ensina noções de empreendedorismo para crianças a partir de seis anos de idade nas escolas municipais. “A ideia é de que a partir deste projeto as crianças comecem a pensar diferente, que entendam o funcionamento de uma empresa, saibam como fabricar um produto, divulgar, colocar preço, calcular o mercado. Isso contagia as crianças com o poder do ‘eu posso’ e os pais tem notado essa mudança”, explica Bueno.

 

Aderito achou o projeto muito interessante: “essa fase é realmente muito importante, porque ainda estão formando sua personalidade, ainda vão escolher sua profissão, e já possuir essa orientação auxilia na fase adulta. Como em Moçambique a mentalidade dos jovens ainda está na área da metalúrgica e mineração, estamos buscando mostrar a ideia de que a partir da sua formação é possível abrir um negócio próprio”.