Projeto Conexões STEAM promove experiências interdisciplinares, o que permitiu que trabalhos da Cemeb Anísio Teixeira fossem selecionados para serem apresentados na Universidade de Cayetano Heredia

A professora Joslaine Luiz de Oliveira, de 38 anos, foi selecionada para representar Várzea Paulista em congresso na Universidade Cayetano Heredia, no Peru, que vai acontecer em julho de 2026, graças ao projeto Conexões STEAM – uma parceria entre a Unidade Gestora Municipal de Educação (UGME), a Fundação Siemens Brasil e a Universidade de São Paulo (USP) – instituições que integram o Programa para a Prática da Educação STEAM.
O projeto tem como objetivo promover práticas pedagógicas inovadoras, integrando Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM) por meio de experiências interdisciplinares que aproximam os alunos da investigação científica, da resolução de problemas e da criação colaborativa. A iniciativa vem sendo desenvolvido em quatro Cemebs: Anísio Teixeira, Erich Becker, Profª Juvelita Pereira da Silva e São Miguel Arcanjo, todas são das unidades escolares da região Norte da cidade.
Professora há 10 anos e atualmente responsável pelo 4º ano do ensino fundamental da Cemeb Anísio Teixeira, a Josi, como é conhecida na escola, conta que a proposta STEAM busca incentivar as crianças a terem metodologia de pesquisa, como estudos e vivências práticas, favorecendo o desenvolvimento da curiosidade, do pensamento crítico e da criatividade.


“Hoje o professor não tem mais a função de ensinar tudo e o aluno de aprender sobre tudo, aliás, não dá para fazer isso ao longo da vida. O papel da escola hoje é valorizar o conhecimento do aluno, cabendo ao professor ser mediador na valorização do saber das crianças, o que vai de encontro com a abordagem STEAM”, explica.
A professora conta que a metodologia STEAM tem toda uma didática, que vai desde a capacitação dos professores sobre orientação de projeto científico, a introdução da criatividade como condutor da produção de projetos e a valorização dos questionamentos dos alunos.
“Foi seguindo essa didática que realizamos uma maquete sobre alguns tipos de vírus e como ele circula no corpo humano. O interessante disso é que os questionamentos vieram dos alunos, num período em que muitos estavam gripados”, conta empolgada.
Josi explica que, no início, os alunos sentiam falta dos colegas que faltavam por estarem resfriados. A partir disso, começaram a questionar o motivo de alguns ficarem doentes e outros não, quando iniciaram o projeto de fazer uma maquete de como o vírus se incuba no corpo até detalhes sobre a infecção. “E nas pesquisas, os alunos chegaram até a gripe espanhola, ou seja, o saber coletivo e a curiosidade tornaram esse projeto tão vivo”, finalizou.

Essa iniciativa reforça o compromisso das escolas municipais em fomentar aprendizagens significativas, inclusivas e conectadas com os desafios contemporâneos, fortalecendo a parceria entre a rede pública e instituições que acreditam na transformação da educação por meio da ciência e da inovação.
Além disso, projetos como esse têm o propósito de estabelecer um ambiente sensorial na escola, capaz de promover harmonia e autorregulação entre os alunos, com atenção especial à inclusão e ao bem-estar dos estudantes — fatores que impulsionam o reconhecimento internacional da educação de Várzea Paulista.
Após a apresentação dos projetos entre as turmas do 4º ano, o próximo passo é levar os trabalhos selecionados aos idealizadores do projeto: a Fundação Siemens Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) e a Unidade Gestora Municipal de Educação. A apresentação deve acontecer em 5 de novembro deste ano. Já o congresso acontecerá na semana do dia 20 de julho de 2026.