Pit Stop pelo fim da violência contra a mulher agita o centro da cidade

Ação, que contou com mais de 100 mulheres, foi marcada pela colocação de cruzes simbolizando as vítimas de violência e outras conscientizações

Nesta terça-feira (15), uma etapa importante da campanha Agosto Lilás, movimento nacional de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, foi realizada em Várzea Paulista. No Pit Stop entre as Avenidas Bertioga e Fernão Dias Paes Leme, na região central, pedestres e motoristas foram conscientizados com panfletos e cartazes informativos, além da impactante instalação de cruzes, em uma parte do canteiro da Bertioga, colocadas como protesto e homenagem às brasileiras mortas em decorrência de violência. Cerca de 100 mulheres da sociedade civil e diversos órgãos da Prefeitura participaram da ação, que também teve a presença de homens.

A iniciativa foi organizada pelo Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e Chefia de Políticas Públicas para as Mulheres, órgãos municipais.

A chefe de Políticas Públicas para as Mulheres da cidade, Patrícia Félix, ressaltou que o Pit Stop é mais uma das iniciativas do setor para enfrentar a violência contra a mulher, que pode ser física, verbal, psicológica, financeira, etc.. “Trouxemos esta ação bem impactante e visual, para despertar no poder público e nos munícipes que a gente não pode se calar. Se há alguma mulher pedindo socorro, a gente não tem que fingir que não está ouvindo e se calar. E, para denunciar, não é preciso se expor”.

As denúncias podem ser feitas 24 horas por dia, de forma anônima, pelo aplicativo ‘Está Acontecendo’, criado GCM (Guarda Civil Municipal) varzina para deixá-las mais ágeis (disponível no Android e iOS), ou telefones: 153 (GCM); 180 (Disque Denúncia); 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil). Todos esses órgãos recebem a denúncia e fazem o encaminhamento adequado da mulher para o atendimento municipal devido.

A coordenadora do Creas, Sueli Ramos Romeiro, informou que o local foi escolhido por ter grande visibilidade. Segundo a profissional, ao longo do mês, haverá intensificação de atividades já feitas no ano todo com os grupos de órgãos municipais que prestam atendimentos sociais (entre eles o próprio Creas), como, por exemplo, as rodas de conversa e as realizadas em um grupo específico para mulheres vítimas de violência com medida protetiva.

Atividade ganha elogios

A presidente do CMDM (Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres), Silvana Ferreira, afirmou que o Pit Stop e outras ações da administração professor Rodolfo Braga demonstram a preocupação e cuidado com as mulheres como claras prioridades da gestão, que oferece uma importante rede de proteção, para que ninguém se sinta sozinha. “Graças a Deus, hoje há uma administração que está pensando na mulher e no bem-estar dela”.

Ela ainda destacou o importante papel do conselho, órgão autônomo atuante na luta pelas mulheres, que devem ter segurança e autonomia para usar a roupa que querem e fazer o que julgam adequado, sem sofrer qualquer tipo de violência. “Ações como a de hoje fortalecem cada vez mais a ideia de que mulheres sempre estão juntas, porque não estão sozinhas. Não precisam sofrer violência, não precisam mais se calar”, elogiou.

A primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Abigail Braga, representou o prefeito, que não pode estar presente, e enalteceu a relevância de ações para enfrentar os atos violentos contra a mulher. “Estou aqui para prestigiar as mulheres do município contra a violência. Precisamos acabar com a violência de uma vez por todas”.

Tipos de violência

Física:  envolve o uso da força física que pode, ou não, causar danos, ferimentos ou lesões.

Psicológica: tem como objetivos controlar, humilhar, ameaçar ou diminuir a autoestima e autonomia.

Moral: com insultos, difamações, manipulações e exposições, o agressor busca controlar e dominar a vítima.

Sexual: envolve qualquer ato não consensual de natureza sexual contra a vítima.
Patrimonial: abuso que busca controlar e prejudicar a independência financeira e material da mulher. Isso pode incluir retenção de recursos financeiros, destruição de bens pessoais, controle abusivo das finanças e impedimento de acesso aos recursos econômicos.

Outras presenças

O ato também registrou a participação do gestor municipal de Desenvolvimento Social, Leandro Marques; uma das gestoras executivas da pasta, Mônica Pazotto; a presidente do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), Angela Aparecida dos Santos; e a gestora executiva municipal de Saúde, Jane de Freitas.