Evento promovido pelo Sesc, em parceria com a Prefeitura de Várzea Paulista, trouxe, entre outras apresentações, teatro, oficina de tecnologia e um espetáculo de dança conscientizador sobre a violência

Várzea Paulista recebeu, no Parque Chico Mendes, o Circuito Sesc, na tarde do último domingo (21). Com o intuito de democratizar o acesso a números artísticos de qualidade, o programa contemplou a cidade, por meio de uma parceria do Sesc com a Prefeitura, e trouxe espetáculos gratuitos de alto nível, como o “Ou 9 ou 80”, da companhia de dança Clarin (SP), com viés educativo importante acerca da violência na periferia, e a oficina de robótica “Roboíno maker”. O frio não impediu cerca de 600 pessoas a prestigiarem, animada e interativamente, as sete atividades do evento.

Além das atividades desenvolvidas pelo Sesc, a equipe da Unidade de Cultura contribuiu com projetos como o Voa, Livro, Voa — que é uma distribuição gratuita de livros —, e uma feira de artesanato. As ações renderam elogios do próprio Sesc.

A apresentação de dança relembrou e debateu, por meio do funk, dois fatos tristes e violentos de 2019: os 80 tiros no carro de uma família que vitimaram um músico, em Guadalupe, no Rio de Janeiro; e as nove mortes em Paraisópolis (capital paulista), após ação da PM em uma boate. Já a oficina feita pelo Mudalab (SP) trouxe robôs construídos com arduíno e controlados por celular, para a garotada poder manusear e conhecer conceitos básicos de programação.

O teatro “Esparrama memória”, do Grupo Esparrama (SP), trouxe a animada história de palhaços viajantes em busca de pessoas dispostas a interromperem o tempo para resgatar e trocar experiências, lembranças e afeto. O espetáculo contemplou música e poesia. Já a peça de teatro “Retirantes”, da Trupe Baião de 2 (SP), brindou o público com a história de um casal nordestino sonhador que se aventura em uma nova terra.

A mediação “Histórias na palma da mão”, do Grupo Êba (SP) teve com foco criar momentos de afeto e uma proximidade do leitor com os livros. E a oficina “Livro de uma página”, de Daniel Viana e poetas convidados (SP), apresentou ferramentas para a montagem de um exemplar autoral, na forma de um minilivro.

Também houve espaço para música, com o grupo baiano Josyara e Panteras Negras. A cantora, compositora e violonista de Juazeiro se apresentou em conjunto com a banda instrumental toda formada por mulheres negras.

Valeu a pena!

O diretor de Eventos da Prefeitura, Jota Moreira, ficou extremamente satisfeito com a realização do circuito, uma vez que o Sesc mostrou extremo profissionalismo, pontualidade e qualidade, e com a grande participação da população. O envolvimento da equipe da Unidade Gestora Executiva de Cultura, inclusive na distribuição dos livros, também rendeu consideráveis elogios do diretor e do próprio Sesc. O trabalho desenvolvido pela Unidade tem sido importante e se destacado e isso se comprova, na avaliação dele, pela parceria com Sesc.

“Receber da organização do evento do Sesc os parabéns pelo nosso trabalho, pela nossa receptividade e forma como nós abraçamos o evento, para mim valeu muito a pena. É algo que fortalece a gente para trabalhar ainda mais no intuito de que Várzea Paulista seja realmente referência no estado com projetos desse porte, para que sejamos vistos. A nossa gestão está de parabéns por manter esse olhar para a cultura”, destacou. 

A gestora executiva municipal de Cultura, Renata Câmara, ficou bastante animada com o resultado do evento em Várzea Paulista. “É fantástico ver a participação das crianças nas oficinas, e a alegria e brilho nos olhos dos adultos prestigiando e participando das apresentações culturais. Isso reforça que nossos trabalhos caminham para o rumo certo”, comemora.