Escola Juvelita Pereira recebe peça “Que História é Essa?”

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Contação do conto africano do boi Blimundo, custeada pelo Governo do Estado, foi conduzida pela arte-educadora Graciele Savio e teve tradução em Libras

O Cemeb (Centro Municipal de Educação Básica) Prof.ª Juvelita Pereira da Silva, na Vila Real, sediou, na manhã da última quarta-feira (15), a contação de histórias “Que História é Essa?”, da arte-educadora Graciele Savio, um projeto contemplado pelo ProAC (Programa de Ações Culturais) do Governo do Estado. O espetáculo contou a lenda africana do boi Blimundo e contemplou Pedro Lins, aluno da escola que possui deficiência auditiva. O objetivo é levar esse valioso conhecimento a comunidades escolares com grande quantidade de famílias em vulnerabilidade social.

As Unidades Gestoras de Cultura e Educação da Prefeitura de Várzea Paulista organizaram a ação e a Educação indicou o Cemeb da Vila Real por atender a alguns dos requisitos pedidos na produção do projeto, sobretudo o projeto de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva existente na escola. Cerca de 150 alunos, das turmas dos Anos IV e V da manhã, assistiram à contação.

Boi Blimundo

No conto do boi Blimundo, que tem origem em Cabo Verde, país africano, um boi amável, respeitado e de posicionamentos livres morre por confiar na palavra de um homem. O jovem, na realidade, estava a serviço de um rei que pretendia matar o animal, por temer que ele fosse exemplo de liberdade de pensamento para outros bois. Antes de ter a garganta cortada, Blimundo deixa claras a revolta e decepção com as atitudes do rapaz, do rei e do barbeiro que mata o animal.

Cultura africana valorizada

A diretora da unidade escolar, Ana Cláudia Torres, ficou satisfeita com o resultado da contação de história e por poder incluir de forma adequada o estudante Pedro, por meio da tradução em Libras que o espetáculo contempla.

O chefe de Atividades Culturais da Prefeitura, Alcides Junior, destacou a importância do conteúdo recebido. “Foi uma manhã diferente, dentro de um ambiente pedagógico, regado com contação de história lúdica, no qual ocorreu de forma muito gostosa a conexão dos alunos com o mundo da cultura africana e afro-brasileira. Compartilhar toda essa narrativa para as crianças, por meio da arte, é algo necessário”, afirma.

A gestora executiva municipal de Cultura de Várzea Paulista, Renata Câmara, comemora o fato de Várzea Paulista ser escolhida para várias produções e artistas desempenharem seus projetos e afirma esperar que isso se intensifique cada vez mais no município. “Isso nos deixa alegres e mostra o potencial da cidade para receber as atividades. A Unidade Executiva de Cultura está aberta a ofertar espaços e cartas de anuências a projetos que queiram se apresentar na cidade. É uma parceria que tem dado muito certo e gerado frutos. Poder proporcionar aos munícipes essas atividades gratuitas de difusão cultural é satisfatório, fazendo com que a arte chegue aos quatro cantos do município”, declara a gestora.