Professora de escola municipal varzina vence categoria de concurso de educação inovadora do Instituto CCR

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Katiane Barros, da escola Prof. João Nalini, venceu a categoria de fomento ao protagonismo dos alunos; docente Patrícia Pasqualini, da escola Profª. Juvelita Pereira, também se destacou

A história de um aluno que precisava andar longas distâncias e ajudar a família a reciclar materiais inspirou a professora Katiane Barros de Oliveira, do Cemeb (Centro Municipal de Educação Básica) Prof. João Baptista Nalini, do Jardim Buriti, a montar com seus alunos o projeto Catadores da Terra. A iniciativa, que envolveu todas as turmas, profissionais da escola e até mesmo moradores locais, conquistou o primeiro lugar na categoria “Fomento ao Protagonismo do Aluno”, no Concurso Cultural de Práticas Inovadoras na Educação, do Instituto CCR.

Katiane levava os recados à casa de Daniel Ribeiro, em um período de aulas a distância, pois ele não possuía celular, e via o menino ajudando a avó, dona Vera, a separar materiais recicláveis. Sensibilizada pela experiência, a servidora resolveu levar a questão para a sala de aula.

Após o debate com os alunos, foi observada a realidade no entorno da escola, com a presença de vários outros catadores, e a turma decidiu aplicar o projeto, transformando a unidade escolar em um ecoponto, para receber e destinar os resíduos aos catadores. Assim, esses trabalhadores teriam a vida um pouco facilitada, com o material já separado e sem precisar andar bastante para coletá-los.

O que, inicialmente, seria uma espécie de oficina da turma de Daniel se expandiu para toda a escola e envolveu a diretora Quivânia Barros, toda a equipe escolar, os outros professores e demais funcionários e, principalmente, a comunidade local. Um trabalho coletivo sólido e destacado pela docente.

Diversas atividades foram pensadas pelos próprios alunos, muitas delas de forma remota, por conta da pandemia, algo alinhado à própria proposta da categoria do concurso: fomentar a autonomia dos estudantes. Houve muita observação da realidade dos catadores locais, principais responsáveis por fazer do Brasil um campeão de reciclagem, profissionais com um trabalho bem duro e mal remunerado. Os alunos puderam aprender muito, graças a ações como gincanas e vídeos com entrevistas, sempre seguidas por momentos de reflexão sobre a realidade dos catadores. Houve um claro ganho educacional e de consciência social.

“As crianças se envolveram e, o mais importante, a comunidade se envolveu, participou. Cada pai chegava com uma sacolinha de material reciclável, sinal de que o nosso diálogo estava funcionando. A comunidade inteira participou e esse projeto só teve essa força por causa da equipe escolar, desde o apoio da diretora, que nos auxiliou para que pudéssemos seguir todos os protocolos contra o coronavírus no manuseio dos materiais, até as contribuições de professores e demais funcionários. Todos deram a sua contribuição: professores específicos e professores polivalentes”, descreveu Katiane.

Segundo a docente, existe a ideia de tentar expandir a iniciativa para as outras unidades escolares da Rede Municipal de Ensino e o projeto está inscrito em outros concursos. “A gente descobriu que a quantidade de catadores é imensa e nos arredores da escola há muitas pessoas que precisam da reciclagem para sobreviver. E, com a pandemia, isso se agravou muito”, explica Katiane. A escola recebeu um banner, um troféu e um projetos de vídeo (datashow), e a professora ganhou um notebook.

Inovações na Vila Real garantem boa colocação à professora Patrícia Pasqualini

A professora Patrícia Pasqualini, do Cemeb Profª. Juvelita Pereira da Silva, da Vila Real, ficou em oitavo lugar na outra categoria do concurso — “Desenvolvimento de Competências Socioemocionais”. Ela sempre gostou muito dos projetos da CCR, que envolviam teatro, paródias e outras atividades. Este ano, a ideia foi expandida para a cidadania e a docente se encantou, pois tem como objetivo transformar os alunos em cidadãos críticos e participativos.

“Desde o início do ano eu já vinha trazendo a questão da inovação para a sala de aula. O concurso ofertado pela CCR veio ao encontro de tudo que eu já estava realizando junto da turma e, com muito orgulho, representamos nosso município em oitavo lugar, dentre as mais de 80 cidades participantes dentro do Estado. É uma sensação de missão cumprida e de que estamos no caminho certo. Foram de fundamental importância para termos essa colocação, além de seguir todas as regras do concurso, realizar os fazeres educativos com dedicação e ações valiosas e transformadoras para os alunos, e o apoio e incentivo que recebi tanto da Unidade Gestora de Educação como dos gestores da minha unidade escolar”, relata a professora.

Saiba mais sobre algumas práticas criativas da docente, no período de aulas remotas: https://tinyurl.com/xphye2vx.

Várzea Paulista fica entre dez destaques

Várzea Paulista, com o cumprimento dos requisitos, dos quais o principal era que ao menos 80% dos professores inscritos no concurso concluíssem o curso necessário, ficou entre as dez cidades de excelente desempenho, segundo o Instituto CCR. O concurso não estabeleceu classificação exata entre essas cidades, que se destacaram em meio aos 88 municípios participantes.

O Concurso Cultural de Práticas Inovadoras na Educação é mais uma ação do programa Caminhos para a Cidadania, parceria das pastas municipais de Educação com o Instituto CCR, gestor social do Grupo CCR e CCR AutoBan, concessionária que administra o Sistema Anhanguera-Bandeirantes.

Veja mais sobre o programa: https://www.caminhosparaacidadania.com.br/.