Ocupação de leitos de UTI na região chegou ao seu limite e já há fila de espera de pacientes com sintomas graves causados pelo Coronavírus
Muito se discute sobre a “baixa” taxa de letalidade do coronavírus quando comparada a outras doenças. Essa taxa que, hoje é de cerca de 2,5%, segundo o portal covid.saude.gov.br, realmente está longe de outras doenças que podem alcançar 100% em casos de doenças infectocontagiosas como a varíola e a Leishmaniose, por exemplo. Entretanto, os especialistas vêm alertando desde o começo da pandemia que o maior risco, e fator mais grave, do contágio do coronavírus não é apenas a capacidade do vírus em ceifar vidas, mas sim as mortes que podem acontecer por falta de tratamento apropriado nos sistemas público e privado de saúde do país. “Infelizmente, apesar de todas as campanhas de conscientização, o país chegou à sua capacidade máxima de atendimento do sistema de saúde. Hoje, praticamente todas as cidades do país já ultrapassaram a marca de 90% de ocupação dos seus leitos e muitos outros já extrapolaram a barreira dos 100%, o que vem ocasionando surreais filas de espera para leitos de UTI e de enfermaria. Digo surreais porque, apesar de todas as deficiências conhecidas de nosso sistema de saúde, jamais se imaginaria que os profissionais da saúde tivessem que chegar ao extremo de esperar leitos serem liberados pela cura, ou pelo óbito dos pacientes, para tentar evitar a de outros.” Disse o Gestor Municipal de Saúde, André Oliveira.
Diante desse colapso constatado no sistema de saúde, especialmente no público, as recomendações constantes no Plano São Paulo devem ser rigorosamente seguidas. Para evitar aglomeração e trânsito de pessoas e, consequentemente do vírus, a população deve permanecer em casa, não devendo sair sem necessidade extrema. Além disso, recomenda-se grandemente, a utilização correta de máscara de proteção quando precisar sair da residência e a higienização constante das mãos.
Por essas razões, o Governo do Estado classificou Várzea Paulista, assim como todo o estado, na chamada Fase Emergencial que determina o fechamento de qualquer estabelecimento que não tenha atividades de natureza essencial, excetuando-se o setor de alimentação, que ainda assim possui algumas restrições, e da saúde. Estão permitidos apenas o funcionamento de farmácias, hospitais, supermercados (com horários e procedimentos mais rigorosos como número máximo de clientes simultaneamente e higienização obrigatória das mãos e carrinhos), restaurantes com entregas no sistema Delivery, assim como açougues, mercearias e padarias sem consumo local. Os parques municipais também devem permanecer fechados e as aulas presenciais na rede pública municipal foram suspensas.
“Nós temos que entender que nossa guerra é contra o vírus. É ele que está colapsando nosso sistema de saúde, fechando nossos comércios e causando desemprego e fome, e entender também que apenas nossa união e nosso esforço nos farão vencê-lo. Não queremos fechar nenhum estabelecimento, mas também não queremos ter essas milhares de vidas perdidas. Essa responsabilidade não está só nas mãos do poder público, está na mão de cada um de nós.” Disse o prefeito Professor Rodolfo.
O desrespeito intencional, por qualquer pessoa, das regras contidas no Plano São Paulo pode gerar punição ao infrator. O art. 268 do Código Penal permite a prisão em flagrante, por desrespeito à ordem de contenção de propagação de doenças.
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