Campanha Dezembro Vermelho chegas às UBSs de Várzea Paulista

Saúde - Destaques

Parceria entre o CTA e as Unidades Básicas de Saúde aumenta a oferta dos exames para HIV

Neste domingo (1º) comemora-se o Dia Mundial da Luta contra o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e se inicia a campanha Dezembro Vermelho, que tem como objetivo chamar atenção para as medidas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

Diante disso, o Centro de Testagem e Aconselhamento de Várzea Paulista (CTA), junto das Unidades Básicas de Saúde (UBS), ofertarão à população a realização do exame para HIV e, livre demanda, ou seja, sem a necessidade de agendamento. Segundo a médica e infectologista do CTA de Várzea Paulista, Maria do Carmo Brum, o movimento tem como objetivo aumentar o número de diagnósticos do HIV. “É uma doença que pode ser evitada, e a prevenção é muito importante. O primeiro passo é fazer o exame de HIV, que todas as pessoas com vida sexual ativa devem fazer” explica.

Uma novidade, é que este ano, não será necessária a coleta sangue do paciente, o diagnóstico será feito através da saliva. “Também não é preciso marcar horário ou levar encaminhamento médico, a checagem do paciente é feita por demanda espontânea”, informa a médica.

Cronograma

Confira as Unidades Básicas que receberão a equipe do CTA, a partir das 07h30 para o aumento na oferta dos exames.

  • 02/12 – UBS Cidade Nova II;
  • 04/12 – UBS do Jardim América IV;
  • 05/12 – UBS Jardim Promeca;
  • 09/12 – UBS Jardim Cruz Alta;
  • 10/12 – UBS Jardim Bertioga;
  • 12/12 – UBS Santa Terezinha.

Prevenir é o melhor remédio

A principal maneira de se prevenir contra o HIV é o uso de preservativos, tanto nas versões masculinas, quanto femininas. Além disso, o diagnostico precoce garante a qualidade de vida do paciente. “Se a pessoa recebe o diagnóstico logo no início, ela não fica adoecida. Com o tratamento atual, o paciente toma menos comprimidos do que se tratasse uma doença crônica, como a pressão alta”, exemplifica a infectologista. Além disso, o tratamento é uma forma de prevenção. “Ao fazer uso dos medicamentos, o paciente não transmite mais a doença” conta Maria do Carmo.

Caso o paciente tenha vivido alguma situação de risco, existem outras formas de tratamento:

PEP (Profilaxia Pós-Expoxição ao HIV): é um medicamento indicado para paciente que correm riscos, ou seja, para aqueles que têm múltiplos parceiros, ou que tiveram reações sexuais sem preservativos. Essa pessoa tem 72h para procurar a Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA) de Várzea Paulista e receber tratamento com este medicamento. Ele deve ser tomado durante 28 dias e, após este período, buscar acompanhamento médico no CTA.

PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV): este medicamento é disponibilizado no CTA de Jundiaí indicado para aqueles que têm dificuldade em se proteger, seja por alergia ao preservativo, ou que tenha múltiplos parceiros, etc. A diferença entre ele e o PEP é que este comprimido previne a contaminação. Ele deve ser tomado todos os dias até que o paciente encontre uma nova alternativa de preservativos antialérgicos.

São Paulo elimina transmissão do HIV de mãe para filho

A médica infectologista Maria do Carmo Brum, informa que a cidade de São Paulo não teve casos de transmissão de HIV de mãe para filho no ano de 2018 e, por isso, recebeu o Certificado de Eliminação da Transmissão Vertical do HIV. A eliminação da infecção do vírus de mãe para o filho durante o período da gestação, no parto ou pelo aleitamento materno, está entre as prioridades do Ministério da Saúde para controle das infecções sexualmente transmissíveis.

Em casos nos quais a mãe é portadora do HIV é de extrema importância o diagnóstico precoce, o acompanhamento médico e o uso correto dos medicamentos. “É desta maneira que vamos garantir que o bebê nasça saudável”, conclui a médica.