Excesso de velocidade é a principal causa de acidentes na Marginal do Rio Jundiaí

Trânsito - Destaques

Velocidade máxima da via é de 60 km/h. Mesmo com radares e placas de sinalização motoristas colocam em risco a própria vida e a de terceiros

 

 

O trecho da Marginal do Rio Jundiaí em Várzea Paulista é utilizado diariamente por milhares de motoristas do município, e também de cidades vizinhas, como Campo Limpo Paulista e Jundiaí. Apesar da velocidade máxima da via ser de 60 km/h e diversos pontos da marginal possuírem radares, placas de sinalização e lombadas, muitos motoristas não respeitam a regra e acidentes acontecem com frequência no local.

 

 

Curvas fechadas, como a localizada na altura do número 2.600, do lado direito da via, possui placas sinalizadoras de velocidade e uma lombada 300 metros antes, no intuito de que os motoristas reduzam a velocidade. Equipes da Unidade Gestora de Trânsito já vistoriaram o local, para confirmar que a área não possui óleo ou areia, fatores que muitos usam para justificar os deslizamentos.

 

 

Segundo o Gestor de Trânsito, Oséas Martins, o local está limpo, com o asfalto em perfeitas condições e com defensas de segurança. “Ao conduzir o veículo a 60 km/h, velocidade máxima da via, com os pneus em condições normais, não há indícios que provoquem o deslizamento no local”, afirma. Além das placas de sinalização e da lombada, Martins confirmou a informação de que a partir do próximo dia 11 de novembro, segunda-feira, o radar de controle de velocidade estará em funcionamento no intuito de prevenir o excesso de velocidade no local.

 

 

Em visita ao trecho, na tarde da última quarta-feira (06), a equipe de reportagem da Prefeitura presenciou muitos carros em alta velocidade, como é possível ver nas imagens.

 

 

 

 

Curva sinuosa

Um radar e uma placa de pista sinuosa, na altura do número 1.425, antecedem outra curva fechada da Marginal Direita do Rio Jundiaí. Para evitar o detector de velocidade, muitos motoristas, principalmente motociclistas, cruzam o trecho pelo acostamento, pensando – erroneamente, estar evitando a captura do radar. “O trecho do acostamento também é frisado e detectado pelas câmeras de velocidade instaladas no local”, informa o gestor de Trânsito.

 

 

No trecho da curva o asfalto também segue em boas condições, com defensas de segurança e sem sinal de óleo ou qualquer outro produto que possa deixar a pista escorregadia.

 

 

Aquaplanagem

Umas das situações que deixam qualquer pista com altas chances de deslizamento é o fenômeno chamado ‘aquaplanagem’. Ele ocorre em veículos quando, ao passar sobre uma fina camada de líquido – normalmente água, mas também pode ocorrer com lama, os pneus perdem o contato com o asfalto.

 

Oséas Martins explica que em curva, a aquaplanagem é ainda mais perigosa. “Se os pneus perderem a aderência com o piso, o carro sairá da trajetória e seguirá em linha reta, mesmo com o motorista esterçando o volante”. Não importa o modelo, marca ou tipo de motor, e mesmo se os pneus forem novos.

 

Como evitar

Em caso de chuva, a primeira providência é reduzir a velocidade. Sobre piso molhado as distâncias de frenagem aumentam, o que eleva também o risco de acidentes. Segundo dados da Bridgestone, um carro a 80 km/h precisa de 27 metros para parar sobre piso seco. Se a pista estiver molhada, essa distância aumenta para 35 metros.

 

Os primeiros indícios de que o veículo entrou em aquaplanagem são: a direção leve e a elevação do giro do motor (indicando redução do atrito com o piso). Se isso acontecer, não freie.

 

Tire o pé do acelerador e deixe a velocidade cair sozinha. Ao mesmo tempo, mova levemente o volante para os dois lados para ajudar os pneus a retomarem o contato com o piso.