Mais de 150 alunos da CEMEB Juvelita aprendem LIBRAS

Língua Brasileira de Sinais promove a inclusão entre os alunos

 

 

Dia 26 de setembro é celebrado o Dia do Surdo. A data visa promover uma reflexão sobre os direitos e a inclusão das pessoas surdas na sociedade, suas lutas e conquistas. Em Várzea Paulista esta inclusão já existe, principalmente entre os mais de 150 alunos da CEMEB Juvelita Pereira, na Vila Real, que tem aulas sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

 

O trabalho é desenvolvido pela professora Dilma Rodrigues Batista, especialista em Educação Inclusiva e em Interpretação de Libras. Atuando na rede municipal varzina há 17 anos, Dilma tem se dedicado a ensinar a linguagem de sinais desde 2007, aos professores, alunos e servidores públicos da cidade. “Há 12 anos, Várzea Paulista recebeu o primeiro aluno surdo na CEMEB Erich Becker. A diretora da unidade na época já trabalhava com inclusão e chamou uma profissional para capacitar a equipe. Desde então venho ampliando este trabalho na rede”, conta.

 

Atualmente, Dilma tem realizado um importante trabalho com os alunos dos 5º anos da CEMEB Juvelita Pereira, os ensinando LIBRAS e organizando uma apresentação especial de Natal, para a formatura da turma. De acordo com a diretora da unidade, Silvia Nogueira, o intuito é mostrar a diversidade aos alunos. “Em nossa escola temos alunos com autismo, surdes e Síndrome de Down. Sabemos da importância da inclusão e queremos ensinar nossos alunos a como incluir a todos na sociedade”, afirma.

 

Para a professora de LIBRAS, o ensino do idioma aos alunos é recompensador. “Os surdos estão assumindo seu lugar na sociedade cada vez mais, então é importante que cada mais pessoas saibam se comunicar em LIBRAS e promover a integração entre surdos e ouvintes”, ressalta. Dilma Batista também ensina a Língua Brasileira de Sinais para os professores da rede municipal de ensino, alunos e alguns pais. Além de atuar como interprete na rede estadual de ensino. “LIBRAS é um meio de comunicação para a sociedade e dividir esse conhecimento com as crianças é muito gratificante”, explica a professora.

 

Alunos afirmam que aulas são divertidas

 

Os estudantes da CEMEB Juvelita aprovam as aulas de LIBRAS. A aluna Samara Vitoria Silva, de 8 anos, diz que aprender a conversar em língua de sinais é muito legal. “Eu já sabia algumas coisas, mas aqui a professora ensina muitas coisas novas. Quanto mais eu souber, mais fácil fica de conversar com alguém surdo”, conta a pequena.

 

Diego Riquelme Paes, de 11 anos, diz que as aulas são divertidas. “A professora Dilma tem um jeito especial de ensinar, que tudo fica mais fácil”, explica. “Aprender LIBRAS é importante para conversar na escola, mas também na vida. Posso ajudar um surdo no supermercado, no ponto de ônibus. Se ele tentar conversar comigo, eu sei conversar com ele. E acho que todo mundo deveria poder ajudar também”, afirma Diego, mostrando que já aprendeu mais do que a linguagem de sinais, mas a do coração.