Como a cara da cidade mudou nos últimos anos na visão de três diferentes gerações

Cultura e Turismo - Destaques

Uma seleção de fatos, por meio da opinião de três diferentes gerações de moradores do município, mostra as mudanças que ocorreram ao longo dos últimos anos

  

 

Na última quinta-feira (21), Várzea Paulista celebrou seus 54 anos de emancipação politica/administrativa. Para comemorar o aniversário, ouvimos três gerações diferentes de varzinos, para mostrar as mudanças que ocorreram ao longo dos últimos anos no município.

 

Dona Emília Maria Vincentin Gonçalves, 81 anos, conhece muito bem a história de Várzea Paulista, já que mora na cidade desde 1944, quando tinha apenas 7 anos. Na época ainda era apenas um distrito de Jundiaí, o Distrito Secundino Veiga, segundo Dona Emília período em que não existiam mais do que 40 casas no “vilarejo”. “A cidade cresceu em volta da estação. Nossos momentos de lazer antigamente ficavam em ir à estação e ver o trem passar ou assistir a jogos de futebol aqui na cidade”.

 

 

Os cabelos brancos demonstram toda sua experiência, e as lembranças da Várzea Paulista do passado continuam vivas em sua memória. Há 63 anos morando na região Central da cidade, é uma das alunas mais ativas do Clube da Terceira Idade e gosta de exaltar o avanço da cidade. “Quem te viu e quem te vê, Várzea Paulista!”. “Essa cidade cresceu e se desenvolveu muito. Antes existiam apenas a Elekeiroz e olarias, como postos de trabalho. Hoje existem muitas empresas na cidade e um grande comércio, antes era apenas os Armazéns do Fonseca e do Jorge Feres. Tenho muitas lembranças boas de tudo que vivi aqui. Tenho orgulho de como Várzea Paulista cresceu, isso lá atrás era quase impossível de imaginar”.

 

Vitor Rocha, médico, casado, natural de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Há menos de um ano, tornou-se o mais novo morador de Várzea Paulista, da Vila São José. Inscrito no programa federal, Mais Médicos, Dr. Vitor, em dezembro de 2018 viveu um grande dilema em sua vida, tinha casamento agendado para o dia 8 de dezembro, até o dia 20 do mesmo mês tinha que escolher a cidade onde iria atuar pelo programa, somente no Estado de São Paulo, ele tinha a disposição mais de 50 opções. A escolha, Várzea Paulista. “Pela primeira vez tínhamos essa liberdade de escolher a cidade de atuação, queria uma cidade que oferecesse comodidade, oportunidade, tranquilidade, comércio bom e que tudo fosse próximo, com aquele estilo de interior. Dentro das opções, pesquisei cidade por cidade e por final decidi, Várzea Paulista era o meu destino”.

 

Com a decisão tomada, Vitor relembra que tudo foi muito rápido, em menos de 20 dias, estava casado e já tinha seu endereço na cidade. “Eu gosto muito de Várzea Paulista, foi tudo mesmo o que pensei e planejei, a localização da cidade é invejável, ao lado de São Paulo e ao lado de Campinas. O mercado de trabalho nesta região é muito ativo. Minha esposa, recém-formada em medicina, embarcou junto comigo e já está empregada, estamos muito felizes em viver em Várzea Paulista”, destaca o doutor.

 

Sarah Alves Duarte, 12 anos, estudante do sétimo ano da rede estadual, apaixonada por música e moradora do Parque Guarani, pertence à nova geração de varzinos. Cresceu na cidade e se diz apaixonada pelo município, em sua opinião, Várzea Paulista ganhou seu coração, por ser acolhedora. “Tenho muitos amigos, adoro frequentar a escola de Música, me sinto segura e feliz morando aqui, não existem tragédias”.

 

 

 

A jovem, quando questionada sobre o que pensa sobre o futuro da cidade, responde em uma única pergunta, com duas respostas. “Eu não penso em me mudar daqui nunca. Quero ficar aqui sempre. Minha preocupação com o futuro é como vamos cuidar da natureza. Precisamos nos preocupar mais com esse assunto”.