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Segundo dados da OMS, o Tabaco mata metade de seus consumidores
Dia 29 de agosto é celebrado o dia Nacional de Combate ao Fumo. Paramarcar a data, os servidores públicos de Várzea Paulista puderam participar de uma palestra com o médico cardiologista Carlos Henrique Costa, coordenador do Programa de Assistência Intensiva ao Tabagista (PAIT) da Secretaria Municipal de Saúde de Jundiaí.
Segundo o especialista, tratar o tabagismo é um desafio, já que a nicotina é uma droga altamente viciante, que age no cérebro em apenas 7 segundos. “Vemos casos de fissura e dependência extrema, na qual a pessoa chega a pegar bitucas do chão para satisfazer o vício”, explica. O cardiologista ressalta que o cigarro mata mais de 200 mil pessoas por ano no país. “Mais de 50 substâncias cancerígenas fazem parte da composição do cigarro. Além de produtos como pólvora e amônia”, diz.
Muitos fumantes conhecem os malefícios do cigarro, mas a dependência física, psicológica e comportamental dificultam dar um ponto final no vício. “Por isso o tratamento com medicamentos, terapia e grupos de apoio são de extrema importância para enfrentar a dependência”, afirma Carlos. O médico ressalta que não importa há quanto tempo a pessoa é fumante, os benefícios ao parar com o vício são imediatos. “As melhoras são visíveis já nos primeiros dias. Em um ano, o risco de infarto é reduzido em 50% e a expectativa de vida é ampliada”, conclui o médico.
O especialista oferece três dicas para aqueles que querem parar de fumar:
– Evite o primeiro cigarro
– A vontade é passageira;
– Fumar não resolve problemas.
Narguilé
O médico Carlos Henrique também destacou durante a palestra o crescente uso do Narguilé. Segundo o especialista, o tabagismo é uma doença pediátrica, já que 90% dos casos começam antes do 19 anos. “Apesar de hoje o cigarro não ser mais aceito socialmente, como há algumas décadas, quando fumar era considerado chique. Hoje vemos muitos jovens fazendo uso do Narguilé, que é altamente perigoso, já que uma hora de uso, representa o fumo de 100 cigarros”, alerta. “Além da possibilidade do fumante ser contaminado por doenças infecciosas, devido o compartilhamento da biqueira”, afirma Costa.
Programa de Apoio ao Tabagista
Este ano, a Prefeitura de Várzea Paulista iniciou o Programa de Apoio ao Tabagista (PAT), que organiza encontros na UBS Marajó.
A gerente da UBS Vila Popular, Claudia Dias, destaca que o Ministério da Saúde, classifica o tabagismo como uma doença crônica não transmissível. “Trabalhamos para oferecer um tratamento multidisciplinar, com a participação de dentista, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, entre outros”, explica. “No primeiro semestre atendemos quinze pessoas, das quais três pararam de fumar. E já iniciamos uma nova turma, com mais quinze pessoas”, informa Claudia.
A gestora de Saúde, Mônica Rodrigues, destaca que o programa já conseguiu bons resultados e tem oferecido uma oportunidade para quem deseja largar o vício do cigarro. “Ninguém quer conviver com um vício no qual tem uma crise de abstinência a cada 30 minutos”, conclui a gestora.