Viaduto Hermínia Fragas Cantareira é inaugurado

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Primeira fase do complexo viário amplia a mobilidade urbana em Várzea Paulista e proporciona uma ligação entre a região norte e leste do município

 

Na última terça-feira (17), a prefeitura de Várzea Paulista inaugurou a primeira fase do complexo viário da Ponte Seca – o viaduto Hermínia Fragas Cantareira. A obra melhora a mobilidade urbana da cidade, desafoga o trânsito e valoriza a região, permitindo a vinda de investimentos para a cidade.

 

O prefeito Juvenal Rossi ressaltou a importância do viaduto para a mobilidade urbana da cidade, e lembrou um fato recente, que destaca a necessidade do novo acesso. “Durante a greve dos caminhoneiros o viaduto dos Emancipadores foi interditado. Não conseguíamos passar com a ambulância. Várzea Paulista precisa de opções no trânsito e o viaduto Hermínia Fragas Cantareira vem atender a esse propósito”, afirma.

 

 

 

O gestor de Obras Josué Santana, agradeceu todo o empenho da equipe da Prefeitura que acompanhou a obra, assim como, a empresa responsável por sua realização, à construtora Empavi. “Tivemos muitas etapas de trabalho e contamos com o apoio de muitas pessoas. Mas agora, nossa cidade tem mais mobilidade”, diz.

 

O prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, parabenizou o desenvolvimento de Várzea Paulista. “Quando Juvenal iniciou seu governo de Várzea Paulista estava com um cenário de caos, com lixo na porta da Prefeitura e dívidas. Hoje vemos o avanço da cidade, que superou suas dificuldades e entrega obras importantes para a população. Uma mudança que só com trabalho sério se conquista”, declarou.

 

 

Viaduto Hermínia Fragas Cantareira

 

 

Para o presidente da Câmara Municipal, Silso das Neves, a homenagem realizada a moradora da Ponte Seca – Hermínia Fragas Cantareira foi muito justa. “Esse viaduto é um sonho antigo dos moradores da região e nada mais justo do que homenagear uma das mais conhecidas moradoras do bairro”, falou.

 

O neto da homenageada, Clarino de Oliveira Neto, ficou muito emocionado com a nomeação. “Hoje é um dia muito feliz para a nossa família. Minha avó era uma mulher que fez história no bairro, que em seus 86 anos de vida sempre trabalhou e se envolveu com a comunidade”, comentou. “Que essa homenagem dedicada a minha avó, também represente todas as mulheres que ajudaram a construir nossa cidade”, destacou.

 

Primeira fase do complexo viário da Ponte Seca

 

 

A construção consiste em uma passagem superior à linha férrea, para ligar o bairro Ponte Seca à Avenida Duque de Caxias, no trecho próximo ao Jardim Promeca. A via alternativa permitirá acessar bairros das Zonas Norte e Leste do município e desafogar o Viaduto dos Emancipadores, sobrecarregado em certos horários. A obra é fruto de um convênio com a Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo (antiga Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional).

 

 

Para facilitar o acesso ao Viaduto da Ponte Seca, a unidade de Trânsito realizou a instalação de semáforos na Avenida Duque de Caxias. A sinalização facilitará o acesso a Rua Richard Klinger, para que os motoristas possam chegar ao Viaduto da Ponte Seca. O local também recebeu sinalização de solo e placas.

 

Segunda fase – Retorno para Jundiaí

 

 

Após essa primeira etapa que atenderá à região do Jardim Promeca e Campo Limpo Paulista, a Prefeitura dará início à segunda fase do Complexo Viário da Ponte Seca, com uma ponte sobre o Rio Jundiaí, 500 metros após a alça de descida para a Marginal do Rio Jundiaí. Por ela, os motoristas poderão acessar o outro lado da Avenida (sentido Jundiaí). O projeto inclusive já foi elaborado pela Unidade Gestora de Obras.

 

Exatamente nesse ponto, cabe uma pequena metáfora. Uma família sempre quis e precisava de uma casa de pelo menos cinco cômodos para acomodar a todos, mas não tinha condições financeiras para construir uma casa desse tamanho e então realizar esse desejo. Com aquilo que tinham, foram à luta e construíram uma casa com então dois cômodos e depois com o passar do tempo e força de vontade conseguiram construir mais três cômodos. Essa família lembra que sempre um parente distante fazia pouco caso do esforço deles. Hoje essa família mora na casa dos sonhos, conforme um dia desejaram de cinco cômodos e o parente, aquele que fazia pouco caso, continua estacionado, sem nada conquistar.

 

Asfalto nas vias de acesso

 

 

O asfaltamento da Rua Richard Klinger e de um trecho da Rua Manuel Dias Ruivo também faz parte da estrutura viária do Complexo da Ponte Seca. O projeto previu a pavimentação e a colocação de boca de lobo, galerias pluviais, tubulação e poços de visita (câmara de onde se ramificam as instalações pluviais) na Rua Manuel Dias Ruivo e trabalhos de sistema de drenagem e urbanização na Rua Richard Klinger.

 

Homenageada

 

 

Hermínia Fragas Cantareira nasceu em 14 de março de 1919. Filha de Benjamim Fragas e Maria Ruivo estudou em uma pequena escola situada próxima a estação ferroviária do município de Várzea Paulista, ainda criança, após as aulas, ajudava seus pais na lavoura. Na adolescência envolvia-se em causas sociais e religiosas do bairro onde morava.

 

Casou-se em 20 de abril de 1935, com João Cantareira, na ainda denominada “Capela Nossa Senhora da Piedade”, atualmente a Paróquia Central, que leva o nome da Padroeira do Município.

 

A família adquiriu um sítio no Bairro Ponte Seca. Enquanto João Cantareira trabalhava na estrada de ferro e conciliava seu trabalho ao da lavoura, Hermínia era responsável pelo cuidado com as vacas e a venda do leite. Ela participava de reuniões sociais de interesse do bairro e da cidade, inclusive quermesses da igreja Nossa Senhora da Piedade.

 

 

Hermínia acompanhou e participou da formação da comunidade católica São Pedro, no bairro Ponte Seca e foi escolhida como madrinha da mesma, pelo Reverendíssimo Padre Venilton Calheiros, que à época era pároco da igreja Nossa Senhora da Piedade.

 

Mesmo com idade avançada e saúde debilitada, em época de eleição Hermínia fazia questão de exercer seu papel de cidadã e votar, contribuindo, cobrando e discutindo sobre melhorias a serem feitas no bairro e no munícipio.

 

Hermínia Fragas Cantareira faleceu no dia 23 de setembro de 2005, com 86 anos de idade. Ela atravessou toda a história do município, passando por sua emancipação e a chegada dos imigrantes à região. Contribuiu para diversas causas dentre as quais se destacam a social e a religiosa. Deixou um legado de 13 filhos, 33 netos, 43 bisnetos e 11 tataranetos, somado a uma honrosa história de vida.