Encontro de Santos Reis resgata a cultura popular em Várzea Paulista

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Evento contou com apresentação de 11 Companhias de Reis e movimentou o final de semana na Praça CEU

 

O 13º Encontro de Companhia de Santos Reis movimentou Várzea Paulista neste sábado (09) e domingo (10). A maior festa da cultura popular da região foi realizada na Praça CEU e contou com quadrilha caipira, praça de alimentação com barracas de comidas típicas, apresentação do curta-metragem ‘É dia de Folia de Reis’, shows de duplas sertanejas, Santa Missa e apresentações de companhias de Santos Reis de diversas cidades. 

 

No domingo, o prefeito Juvenal Rossi participou da Santa Missa e fez questão de parabenizar o evento. “As companhias de Santos Reis fazem parte da tradição da minha família”, relata. “Na olaria da minha família era um dia muito respeitado. Parávamos tudo, só para receber as companhias. São boas lembranças”, fala saudoso. 

 

 

Após a celebração, a Orquestra de Violeiros Flor de Várzea se apresentou. Depois o evento seguiu com as companhias de Santos Reis, entre elas: Companhias de Reis Luz Divina – Várzea Paulista; Companhia Estrela D’alva – Guarulhos; Companhia Estrela do Oriente – Santa Bárbara D’Oeste; Companhia Ases do Brasil – Campinas; Companhia São José Operário – Campinas; Companhia Voz do Oriente – Campinas; Companhia Mensageiros do Oriente – Campinas; Companhia Filhos de Belém – Jundiaí; Companhias de Reis Escapim – Estrela D’Oeste; Companhia Estrela do Oriente – São Paulo; Companhia São Francisco de Assis – Indaiatuba e Companhia Santa Cruz do Rio Pardo – Santa Cruz do Rio Pardo.

 

A Festa gratuita e aberta a toda população, foi organizada pela Companhia de Santos Reis Luz Divina Várzea Paulista e o Conselho Municipal de Cultura de Várzea Paulista.

 

 

 

Tradição familiar

 

Joaquim Cristiano Filho (à direita, na imagem abaixo), mestre da Companhia Filhos de Belém, de Jundiaí, conta que desde os oito anos, participa das ações de Santos Reis. “Eventos como este são importantes para levar a tradição adiante, para que outras pessoas conheçam nossa cultura e a festa de Santo Reis não se perca”, afirma.

 

Mas se depender do jovem Kaique Cristiano Silva, 14 anos, neto de Joaquim, a tradição familiar terá continuidade. “Acho que participo de apresentações desde a barriga da minha mãe, a festa de Santo Reis faz parte da minha vida”, relata. “Fiz uma promessa que vou levar o trabalho do meu avô adiante. Sei que isso é importante para ele e para mim”, fala orgulhoso.

 

 

Já Francisco Ferreira Neto, 62 anos (ao centro, na foto acima), palhaço da companhia jundiaiense, destaca que o evento de Várzea Paulista é uma grande possibilidade de divulgar a arte de Santos Reis. “Essa tradição está na minha vida desde os 11 anos, algo que aprendi com meus avôs, tios”, conta. “É uma grande tradição religiosa, que merece ser apresentada para os mais jovens”, destaca Francisco.