Cidade apresenta crescimento de mais de 90% no tratamento de esgoto em cinco anos, índice é destaque no Estado de São Paulo
Voltar a ver peixes nas águas do Rio Jundiaí, o fim mau cheiro no Córrego Bertioga; não interromper o abastecimento de água diante de uma das mais graves crises hídricas da história do Estado de São Paulo em 2014; saltar de 3% de esgoto tratado em 2013 para um dos melhores índices do Estado em 2018, 94%. Esses são alguns dos exemplos que coroaram Várzea Paulista com o Prêmio Excelência no Atendimento de Água e Esgoto, oferecido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), na tarde desta quarta-feira (04), em Santos, durante o 62º Congresso Estadual de Municípios.
A cidade conta hoje com uma estação de tratamento de esgoto capaz de tratar 560 litros de esgotos por segundo (Marginal direita do Rio Jundiaí); uma estação de captação de água com capacidade de captar 100 litros por segundo de água do Rio Jundiaí, para tratamento e abastecimento das residências varzinas (próximo ao Viaduto Emancipadores); e o reservatório no Jardim Promeca com capacidade de armazenar 4,5 milhões de litros de água tratada. As ações contribuíram para a despoluição do Rio Jundiaí, o que, de acordo com a Sabesp, não há, em todo o país, registro de uma bacia hidrográfica altamente adensada como a bacia do Rio Jundiaí, que foi despoluída.
Para o prefeito de Várzea Paulista, Juvenal Rossi, o troféu é um reconhecimento pelo trabalho efetivo que vem sendo realizado desde o primeiro dia de 2013 quando assumiu a prefeitura. “É importante relembrarmos que, em nossa cidade, tínhamos apenas 3% do esgoto coletado, afastado e tratado, e a Abes confirma que alcançamos, em apenas cinco anos, um índice acima de 90%. Estamos falando de saneamento básico, que é sinônimo de saúde, qualidade de vida e ambiental e que se torna um atrativo para novas empresas”, destacou Rossi. “É uma conquista de todos os varzinos que continuam a depositar sua confiança em nossa gestão”, completou.
O vice-prefeito, Rodolfo Braga, fez questão de destacar a coragem do governo em investir e dar a merecida atenção ao saneamento básico no município. “Nunca medimos esforços para melhorar esses indicadores. É preciso de fato muita coragem, é uma obra que muitas vezes não é vista por toda população, tudo fica por debaixo da terra, o prêmio vem para celebrar essa audácia de Várzea Paulista”.
O gerente regional da Sabesp, Marcelo Oliveira, enalteceu o apoio do poder público varzino na luta por melhorar os índices de tratamento de água e esgoto no município, e garantiu que a cidade só tem a ganhar quando esses números estão em alta. “Quando uma grande empresa procura uma cidade para se instalar, um dos principais quesitos analisados para sua possível chegada são os indicadores de água e esgoto, e hoje Várzea Paulista é exemplo nesse item”.
“A iniciativa tem o objetivo de reconhecer operadoras e municípios que estão no caminho certo, desenvolvendo um trabalho comparado ao padrão europeu no que diz respeito ao atendimento de água e esgoto. Por este motivo, instituímos no ano passado este prêmio que contemplará todos os estados do Brasil e o que está em primeiro lugar é São Paulo”, afirmou o presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza. Segundo ele, foram levados em consideração três critérios de avaliação: atendimento de água, coleta de esgoto e tratamento de esgoto. “Quando falamos em saneamento, estamos falando de qualidade de vida e da saúde da população”, salientou Roberval.
O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, ressaltou a parceria com os municípios para garantir um padrão mundial de qualidade. “Tudo é realizado em conjunto com as prefeituras. É um esforço não só da Sabesp, mas de cada um dos municípios. Por isso merecem o reconhecimento. Este serviço está avançado no Estado, mas ainda temos muito o que fazer e muito para investir e melhorar”, disse.
Na cerimônia de premiação, mais 299 municípios foram premiados.