Sem nenhum caso: ação contra a dengue não para e se torna exemplo para região

Destaques

Ação iniciada na Avenida Pacaembu deve permitir o recolhimento de 30 toneladas de resíduos como pneus, móveis desmontados e vasos sanitários

 

Na manhã quinta-feira (1º), o trabalho de cata-treco, parceria entre o Controle de Zoonoses e a Unidade Gestora de Infraestrutura Urbana de Várzea Paulista, iniciou-se, na Avenida Pacaembu, na Vila Real. Com um caminhão, a equipe recolhe, em frente às casas, materiais como latas, pneus, madeira e eletrônicos, destinados ao Ecoponto da cidade, onde são separados para a reciclagem ou descarte em aterro sanitário. Segundo o coordenador do Controle de Zoonoses, Eder Carmanini, o objetivo é retirar criadouros dos mosquitos causadores da dengue, permitir o descarte correto de objetos ao bairro, afastado do Ecoponto, e possibilitar que os moradores limpem seus quintais.

 

A ideia é recolher 30 toneladas de resíduos, na Avenida Pacaembu (trecho entre a Escola Armando Dias e a esquina com a Rua Montes Claros), e nas Ruas Sumaré, Borda da Mata e um trecho da Montes Claros. “Os moradores foram avisados anteriormente sobre as datas em que passaríamos por aqui e os materiais que estamos levando das casas”, explica o coordenador. “O serviço será feito até amanhã ou, se o volume for grande, estenderemos a ação até sábado (3)”.

 

 

Um dos que mais fizeram uso do trabalho foi Claudio Melo, morador da Avenida Pacaembu há 10 anos, na qual também tem uma oficina para conserto de eletrônicos. “Deixei um sofá, caibros de madeiras e outras coisas. Já era algo esperado faz tempo e sou a favor de tudo que é para a limpeza, sem contar que essa ação ajuda a evitar a dengue”, elogiou.

 

 

José Rodrigues vive na via desde 1978 e também afirmou que esperava a operação. Ele conseguiu descartar um vaso sanitário, madeirite, uma cama desmontada, e outros resíduos. “Esse serviço ajuda a manter a casa limpa e evitar o acúmulo de entulho em casa, que só atrai bichos e pode até facilitar a vinda do mosquito da dengue”, opinou.

 

 

Trabalho preventivo

 

Com esse mesmo caráter, desde segunda-feira, uma equipe do Controle de Zoonoses está fazendo visitas de conscientização e orientação, casa a casa, no bairro. Até sexta-feira (2), pretende-se visitar 2.500 residências.

 

 

Há nove meses, Várzea Paulista não registra nenhum caso positivo de dengue. De acordo com o coordenador, o resultado só foi possível por meio do trabalho conjunto do poder público e da população.

 

 

Próximas ações

 

As visitas já ocorreram no bairro Jardim Bertioga, no início de fevereiro, e, em março, seguirão para os bairros Vila Santa Terezinha e Jardim Buriti. “Estamos intercalando as regiões da cidade, para ter uma cobertura maior”, relata o coordenador. O objetivo é visitar mais 10 mil casas até o final deste ano.

 

Em março, será realizado um trabalho de conscientização do combate a Dengue, nas escolas municipais. “É muito importante falar com as crianças sobre o assunto, elas se envolvem com o tema”, fala Eder. Já no mês de abril, será realizada uma ação conjunta entre as cidades do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ). “Vamos trabalhar juntos, visando principalmente às áreas de divisa”, esclarece.

 

O serviço do cata-treco também atenderá, até o final deste ano, os bairros Cidade Nova II, Jardim América III e Jardim Promeca. A cada três meses, um deles receberá o trabalho.

 

 

Onde descartar resíduos

 

A cidade conta, desde maio de 2015, com um Ecoponto, local para destino ambientalmente correto de materiais como vidro, metais, areia e móveis desmontados. Tais resíduos muitas vezes, por não terem um local para descarte, eram depositados em ruas, calçadas e terrenos baldios pela cidade.

 

Podem ser descartados materiais como pisos, blocos, cerâmica, areia, vidro, metais, pneus, louças, reboco, móveis (desmontados), plástico, madeira, pallets, pontaletes, concreto, eletrônicos, telhas de cerâmica e eletrodomésticos, objetos que muitas vezes, são descartados irregularmente em via pública. O volume máximo autorizado é de 1 metro cúbico.

 

O Ecoponto não recebe materiais como pilhas, colas, óleos, gesso, tintas, resinas, baterias, amianto, lâmpadas, lixo industrial, lixo hospitalar, lixo doméstico, materiais orgânicos e produtos químicos.

 

O serviço funciona na Rua Atroaris, s/n, no Jardim Continente, junto à usina de asfalto da Prefeitura. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 7 às 12 horas e das 13 às 16 horas – com exceção dos feriados – e, aos sábados, das 8 às 13 horas.