ETE de Várzea Paulista contribui para a despoluição do Rio Jundiaí

Infraestrutura - Destaques

Estação de Tratamento de Esgoto foi inaugurada em 2013 e está entre as estruturas mais modernas do interior paulista

 

 

Em 22 de novembro de 2013, foi inaugurada a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Várzea Paulista. Com um investimento de mais de R$ 115 milhões, o sistema é um dos mais modernos do interior e inclui uma estação de tratamento com capacidade para 560 litros por segundo, cinco estações elevatórias, além de 38 quilômetros de redes, que coletam e encaminham o esgoto de Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista para o tratamento.

 

Com a instalação da ETE, Várzea Paulista conta atualmente com 99,7% de água tratada, 96,5% de coleta de esgoto e 100% de tratamento do esgoto coletado.

 

O investimento contribui diretamente com o desenvolvimento das cidades e com a despoluição do rio Jundiaí, um dos mais importantes afluentes do rio Tietê, beneficiando mais de 220 mil pessoas. A melhoria das águas foi reconhecida, inclusive, com a ampliação do reenquadramento do rio de classe 4 para classe 3, que agora abrange o trecho entre o córrego Pinheirinho, em Várzea Paulista, e sua foz no rio Tietê, em Salto, totalizando mais de 60 km de extensão. A mudança foi aprovada por unanimidade pelo Comitê das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Comitê PCJ), em dezembro de 2016.

 

 

 

Despoluição do Rio Jundiaí é pioneira

 

Não há, em todo o país, registro de uma bacia hidrográfica altamente adensada e pujante como a bacia do rio Jundiaí, que tenha sido despoluída. A ação se tornou possível graças à melhoria da qualidade das águas do rio Jundiaí, sobretudo em Várzea Paulista.

 

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, destacou a importância da ação, durante visita ao município. “O Rio Jundiaí é um símbolo do que queremos fazer no país. Essa cerimônia é muito simbólica porque mostra que é possível cumprir o ciclo do saneamento”, afirmou.

 

 

 

Jundiá volta ao habitat natural

 

Outra novidade é a volta dos peixes ao rio, inclusive, do Jundiá, que ficou cerca de 30 anos sumido devido o avanço da poluição e retornou com a melhoria da qualidade das águas. O jundiá é um bagre, cuja tradução do tupi-­guarani significa “cabeça com espinho”.

 

Em abril deste ano, mais de três mil peixes das espécies jundiá, curimbatá, piau e lambari foram soltos no local. Todos nativos da bacia hidrográfica local. O Rio Jundiaí possui 123 quilômetros de extensão, nasce na Serra da Pedra Vermelha, em Mairiporã, e corta as cidades de Atibaia, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba e Salto.

 

 

 

Captação de água

 

Com a despoluição resultante do trabalho realizado pela ETE, foi inaugurada no começo do ano a primeira Estação de Captação de Água do Rio Jundiaí. Com outorga para captar 100 litros de água por segundo, a captação enviará a água para a Estação de Tratamento da cidade, onde passa por todo o processo de adequação e análise que integram os padrões de qualidade, para então ser distribuída a mais de 117 mil habitantes.