Várzea Paulista oferece grupo de apoio para diabéticos

Notícias

Às vésperas do Dia Mundial do Diabetes – 14 de novembro, munícipes contam com atendimento de uma endocrinologista e uma nutricionista, em todas as UBSs

Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes apontam que mais de 13 milhões de brasileiros vivem com a doença. Perto de lembrar o Dia Mundial do Diabetes, em 14 de novembro, Várzea Paulista oferece, em todas as suas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), o Grupo de Diabetes.

A atividade oferece a esses munícipes – que representam aproximadamente 20% da população – informações para o tratamento correto da doença, com qualidade de vida.

O encontro é conduzido pela endocrinologista, Dra. Débora Simone Bichara Ratier, e pela nutricionista, Dra. Luana Souza. O trabalho já era realizado de forma pontual desde 2004 e, a partir de 2013, foi ampliado para abranger todas as UBSs, em razão do aumento da demanda.

Em datas pré-agendadas, cada um dos equipamentos reúne munícipes diabéticos, para um encontro bastante educativo, segundo Débora. “Em um único dia, abordamos a importância da receita médica e sua intepretação; o uso do remédio no horário adequado; trabalho com a seringa para aplicação de insulina; uso do glicosímetro (que mede o diabetes); orientação alimentar; e incentivo à atividade física”, relata.

“Muitas vezes, as pessoas acham que estão fazendo a dieta adequada ou administrando os remédios de forma correta, mas na realidade isso não ocorre. E aí o tratamento acaba não dando resultado”, complementa. 

Para que os pacientes possam se sentir estimulados a se exercitar, as condutoras do trabalho lhes informam inclusive as atividades existentes nos equipamentos públicos das cidades. “Em UBSs, há, por exemplo, o liang kung, além de áreas esportivas, próximas às residências dos moradores. Fazemos também essa interligação”, afirma.

A médica explica que o conteúdo exposto é constantemente adaptado para de adequar à realidade dos pacientes varzinos. “Trabalhamos com uma linguagem fácil e várias imagens, que facilitam a compreensão, já que a maior parte de quem participa dos encontros são da terceira idade.

Em muitos casos, modificamos até mesmo as informações alimentares e o jeito de falarmos sobre os assuntos discutidos, para instruirmos corretamente os participantes, dentro da realidade de cada um. Fazemos isso, por exemplo, para que alguns não pensem que determinados alimentos podem ser comidos, apenas por não terem sido abordados em nossa apresentação”.

Após a exposição de todo o conteúdo, existe um espaço para uma conversa com a população, na qual são tiradas algumas dúvidas importantes, inclusive sobre certas crendices, como supostas simpatias curativas ou informações equivocadas da internet. “Em alguns casos, eu faço até mesmo uma reorientação clínica, para poder reencaminhar o paciente ao médico que conduz o tratamento”.

Segundo Débora, as pessoas interessadas podem ter acesso à formação, independentemente de possuir convênio médico ou não.

Algumas levam inclusive algum acompanhante, o que pode facilitar a compreensão por parte dos pacientes, que leva, após toda a explanação dos profissionais, um resumo com as informações mais importantes. A médica destaca o caráter diferenciado do serviço. “Muitos convênios médicos não oferecem esse tipo de atendimento”, declara.

Como participar

Para verificar como ter acesso às formações, basta procurar a UBS mais próxima. Os servidores dos locais possuem uma agenda com as datas dos encontros, dos quais os munícipes podem participar, de acordo com sua disponibilidade.

Também estão disponíveis os Grupos de Hipertensão e Colesterol, que oferecem formações semelhantes à do Grupo de Diabetes e são ministrados por suas mesmas profissionais.

 

Alerta importante

A endocrinologista faz um importante alerta quanto à prevenção, já que, apesar da idade de risco ser de 45 anos, a doença tem aparecido com mais frequência em pessoas mais novas. “Nos últimos dois anos, existe a percepção nacional do aumento do número de diabéticos, entre os 30 e 40 anos de idade.

As principais causas são o aumento da obesidade e o sedentarismo, inclusive por hábitos alimentares inadequados. É importante que as pessoas dessa faixa etária façam o exame preventivo, já que, geralmente, não existe a preocupação com a doença por parte de quem tem essas idades”, explica.