Alunos de capoeira realizam entrega de cordas e troca de graduação

 

 

O Grupo Capoeira Brasil, em parceria com a Prefeitura de Várzea Paulista, realizou, na manhã do último sábado (19), a cerimônia de entrega de cordas e troca de graduação, no Espaço Cidadania. O evento, permeado por apresentações de dança e músicas de capoeira, encerrou o XIII Festival Expressão Brasil de Capoeira. Com a celebração, cerca de 180 alunos de Jundiaí e Várzea Paulista receberam, cada um em seu grau de evolução no esporte, da primeira corda (branca) à corda roxa (para os que se tornaram professores).

 

Segundo o administrador do núcleo varzino do Grupo Capoeira Brasil, mestre Bola 7, o momento do batizado é uma tradição da capoeira. Pelo costume, os alunos com seis meses a dois anos de prática fazem uma roda de capoeira, junto de um mestre de capoeira. Trata-se de um momento especial dos iniciantes, diante da comunidade capoeirística. “É como se eles tivessem se tornado capoeiristas”.

 

 A celebração, prestigiada por mais de 400 espectadores,  contou com muitas músicas de capoeira, regidas pela percussão e pelo berimbau. Também houve espaço para rodas de capoeira feitas entre mestres de várias cidades do Brasil, um recital, danças e até mesmo o hino nacional cantado ao som dos atabaques. 

 

Outro destaque foi a presença de alunos alemães no evento. Segundo Bola 7, o Grupo Capoeira Brasil, com seus vários núcleos, tem levado o esporte a várias partes do mundo. “Só o nosso grupo está em mais de 60 países”, explicou. O prefeito Juvenal Rossi também prestigiou a festa e elogiou o trabalho realizado pelo mestre, em Várzea Paulista.

 

Para o gestor, a capoeira tem uma força inclusiva muito grande. “Ela é uma integração social e uma unidade até para pessoas com alguma dificuldade de movimento ou deficiência”. O momento esportivo é importante para a cidade, segundo Rossi. “Apesar de estar sendo feita a infraestrutura, a cultura também está muito forte, por causa das pessoas desta cidade”.

 

 

 

O mestre Secão, de Goiânia, participou pela primeira vez do Festival Expressão Brasil de Capoeira, em sua primeira edição, em 1996. De lá pra cá, já realizou palestras em algumas dessas festividades, e já levou o mestre Bola 7, para participar de eventos capoeirísticos em sua cidade. “O intercâmbio existe sempre”.

 

Mestre há mais de 10 anos, o goiano destaca o trabalho feito em Várzea Paulista, não só pela quantidade de alunos, mas também pela qualidade, marcada pelo número considerável de alunos que fazem as graduações (trocas de cordas).

 

 

 

Desde a segunda-feira (14), foram realizadas várias atividades, como um festival de cantigas, oficina infanto-juvenil, palestra com o tema “Capoeira e a escola” e o Festival de Capoeira Inclusiva, na APAE de Várzea Paulista.