Visita casa a casa e orientação aos moradores começa pelo Jardim Promeca
Na última quinta-feira (19), o Departamento De Zoonoses de Várzea Paulista deu início ao trabalho de busca ativa, bloqueio de criadouros e orientação aos moradores no combate ao mosquito da Dengue.
A ação ocorreu no bairro do Jardim Promeca, local com maior número de casos suspeitos da doença: quatro – até o último levantamento. O município contabiliza até sexta-feira (20) 72 casos suspeitos, dos quais 7 foram confirmados e 10 apontaram resultado negativo.
De acordo com André Luis Purgato, técnico em Saneamento e um dos coordenadores da ação, é importante alertar a população sobre os perigos da dengue e como evitá-la, antes que ocorram mais transmissões. “Ano passado essa região teve o maior número de casos da doença. Este ano, até agora, temos quatro casos suspeitos”, conta. “Precisamos nos antecipar, para evitar que a situação se repita”, afirma.
Os técnicos saíram pelas ruas do bairro, visitando as casas e orientando a população. Tambores com água, garrafas, engradados e pequenos objetos deixados nos quintais se transformam rapidamente em criadouros do mosquito. “Hoje, os materiais sem uso são os principais criadouros do mosquito. Um saco plástico que acumula água, uma tampa de garrafa e até mesmo uma casca de ovo pode se tornar um criadouro”, conta o técnico de Zoonoses Eder Lucio Carmanini. “As pessoas já sabem que não podem deixar água no pratinho de planta e no pneu. Agora precisam atentar aos entulhos acumulados no quintal”, explica.
A moradora Célia Angela aprovou o trabalho. “Vemos na televisão o quanto a doença está se espalhando. Tem que deixar a Prefeitura fazer seu trabalho, ver os quintais e mostrar o que está certo e errado”, diz.
De acordo com Nanci Martinuzzo, médica veterinária e coordenadora técnica do Setor de Vigilância e Controle de Zoonoses, ressalta que o combate ao criadouro deve ser intenso, para que o mosquito não tenha onde se reproduzir. “É importante estar atento a qualquer local que possa acumular água. Manter o quintal limpo e estar atento é de extrema importância”, conclui a coordenadora.
Possíveis criadouros: vasos sanitários e caixas de descarga sem uso frequente, ralos externos, tambores de armazenamento de água, bromélias, vaso de flores e plantas, pneus velhos, caixas d’águas, piscinas, garrafas vazias, recipientes descartáveis, sacos de lixo, bebedouro de animais, entre outros.
Uma das principais dúvidas da população é o que fazer quando se encontra a larva do mosquito na água. “É importante jogar na água na terra ou cimento, num local onde ela não empoce. A água tem que evaporar totalmente para que a larva não se desenvolva”, explica a técnica de Saneamento Graça de Freitas.
Segundo ela, a limpeza do recipiente é primordial. “Mesmo eliminando a larva, os ovos ainda ficam presos ao objeto”, informa. “Por isso é necessário lavar bem, com a parte verde da esponja de limpeza, para que os ovos também sejam eliminados”, afirma. Os ovos do mosquito da Dengue podem sobreviver em média dois anos, mesmo sem ter o contato com água.
Denúncias
Os moradores que queiram denunciar áreas suscetíveis a se tornarem criadouros do mosquito, como piscinas, ferros velhos, terrenos baldios, entre outros, devem registrar sua informação na Ouvidoria Municipal, por meio do telefone 4596-9656 ou, pessoalmente, na Prefeitura, localizada na Avenida Fernão Dias Paes Leme, 284 – Centro.