Neste sábado (14), secretários da Prefeitura de Várzea Paulista e representantes das escolas de samba da cidade (Unidos em Cima da Hora, Império da Cruz Alta e Unidos da Maranhão) se reuniram no gabinete, para tomar conhecimento sobre a liminar expedida pelo Ministério Público, que impõe novas exigências para a realização do evento, que não teriam como ser cumpridas a tempo, para a realização da festa, que estava programada para segunda-feira (16). A Prefeitura ressalta que o evento é realizado pela Comunidade das Escolas de Samba, contando com o apoio da administração pública. 

 

De acordo com o secretário de Obras e engenheiro civil, Josué Santana, por se tratar de um evento realizado sem nenhuma estrutura de arquibancada e nem confinamento de pessoas (evento em local fechado), era desnecessária a realização da vistoria por parte do corpo de Bombeiros, salvo, em caso de exigência judicial, o que foi o caso. 

 

A Prefeitura tomou conhecimento da exigência judicial, às 18h30 de sexta-feira (13), o que inviabilizou o atendimento da solicitação em tempo oportuno. Vale ressaltar, que o próprio Ministério Público admitiu que este tipo de exigência para festa de rua é inédito. A exigência também prejudicará a realização do tradicional carnaval de rua no Jardim Promeca, realizado pelos moradores, há quase 30 anos. 

 

Mesmo com o evento de pequeno porte, o município contaria com o suporte de 45 Guardas Municipais, 15 agentes de trânsito, 15 Bombeiros Civis Voluntários, equipes da Secretaria de Saúde e Infraestrutura. 

 

O carnaval de Várzea Paulista, desde 2013, tem sido promovido com trabalho voluntário dos integrantes das escolas de samba e seguramente, é um dos carnavais mais baratos do Brasil. Neste ano, o enredo das escolas de samba contaria a história dos 50 anos de Várzea Paulista. “O carnaval de Várzea Paulista não é baderna, e sim, uma autentica manifestação cultural popular e artística que movimenta centenas de famílias ao longo de todo o ano”, informa o secretário adjunto de Cultura José Moreira. 

 

Diante do impasse gerado pela decisão liminar judicial, a Prefeitura e dirigentes das escolas de samba optaram por adiar o evento para o próximo domingo, dia 22 de fevereiro, a partir das 17 horas, que passa a ser realizado na Avenida Fernão Dias Paes Leme. “Embora a Prefeitura não tenha sido notificada previamente, temos que respeitar a decisão proferida pela justiça”, afirma a secretaria de Assuntos Jurídicos, Florenides Gaino.