Tribos indígenas vendem artigos e divulgam cultura

Esporte e Lazer - Destaques
Etnias de Minas Gerais, Bahia e Alagoas participam pela primeira vez da Orquivárzea
 
Quem passou pela feira de artesanato da 10ª Orquivárzea – Festa da Orquídea notou um grupo de artesãos bastante diferente. Pela primeira vez na cidade, representantes das etnias Borum Krekmum, Patachó e Kariri Xocó, vindos de Minas Gerais, Bahia e Alagoas, respectivamente, participaram da festa. Devidamente caracterizados, os índios venderam cocares, arcos, flechas, colares, brincos e outros artigos artesanais. Também fizeram questão de conversar com o público e explicar seu modo de vida. 
 
Os valores arrecadados são importantes, pois o artesanato é a forma de sustento das tribos, e a oportunidade de divulgar a cultura indígena é única. É o que explica o índio Netuno Borum Krekmum, da tribo que leva seu sobrenome. 
 
O mineiro domina o português e o idioma borum macrogê e gostou bastante da chance de poder compartilhar como cada uma das etnias vive: alimentos típicos, toré (dança) e outras particularidades. “Cada um fala da sua cultura”, declara.
 
Segundo ele, há muitas opções para quem gosta da arte indígena. Os artefatos custam de R$ 2,00 a R$ 100,00. “Há para vários gostos”.
 
 
Trabalho amplo
 
Tamikuã Patachó, índia pataxó da Bahia, destacou a trajetória desse grupo de divulgadores da cultura indígena. “Fazemos vários eventos pelo Brasil afora”.
 
Segundo Netuno, os nativos também realizam palestras quando há oportunidades.
 
Em Várzea Paulista, a ideia é que existam mais oportunidades da divulgação do trabalho dessas etnias. É o que afirma o índio alagoano Wiriçá Kariri Xocó, da tribo que leva os seus dois últimos nomes. “Nós plantamos uma semente”.
 
 
Aprovação
 
Jedeon Pereira aprovou a nova opção artística e adquiriu um apito. “Achei muito bacana. É uma diversidade, sempre uma opção a mais”.
 
 
Novas instalações
 
A 10ª Orquivárzea ocorreu em uma área com 23 mil mt², que contará com uma espaço exclusivo de exposição, de 600 mt². A área é quatro vezes maior do que a do ano passado e trará mais segurança ao público, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernaldo Artur. “As famílias, as pessoas que estão aqui vão sentir isso”.
 
A novo local da festa fica anexo ao espaço do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEUs), localizado entre a Rua João Póvoa e a Avenida Ipiranga – Jardim do Lar, Várzea Paulista.
 
 
Variedade e qualidade
 
O público conferiu a apresentação de mais de 3 mil flores, de expositores da Argentina e de 25 cidades do Brasil. O evento continuou com o já tradicional Expresso Orquidário, que levou as pessoas para conhecerem o Orquidário Biorchids, os estandes de vendas de orquídeas e as oficinas de cultivo da flor. 
 
A Festa também contou com um grande parque de diversões, praça de artesanato e uma praça de alimentação, com 16 barracas de alimentação, divididas em uma área de 3 mil mt². Tudo isso além do Espaço Criança, onde foram oferecidas pintura de rosto e atividades interativas, e estacionamento com mais de 6 mil mt².
 
 
Doação ao Fundo Social de Solidariedade
 
A entrada da festa, mais uma vez, foi franca, mas a população poderá colaborar com o Fundo Social de Solidariedade, doando 1 quilo de alimento não perecível. Os alimentos serão doados para instituições da cidade, como APAE, Casa Transitória e SOS.