Coordenadoras de Finanças Solidárias de São Carlos conhecem Economia Solidária de Várzea Paulista

Finanças - Destaques

 

Coordenadoras executivas de Finanças Solidárias de São Carlos se reuniram com o departamento de Economia Solidária de Várzea Paulista no dia 20 de julho, que consolidou a Economia Solidária como política pública em 2009 e atualmente é referência nacional neste setor de Desenvolvimento Social, para troca de experiências.

A economista Mariana Machitte, de São Carlos, desenvolveu seu mestrado em desenvolvimento econômico sobre políticas públicas na Economia Solidária. Com experiência de dois anos atuando na incubadora da UNICAMP, atualmente ela exerce o papel de coordenadora executiva de Finanças Solidárias do Bairro Jardim Gonzaga, um dos locais de vulnerabilidade social do município. “Desenvolvi mestrado relacionado às políticas públicas direcionadas à Economia Solidária e hoje atuo no bairro Jardim Gonzaga  e entorno. Acompanhei os indicadores sociais do local em relação à pobreza. Como Várzea Paulista é referência na Economia Solidária, viemos conhecer as experiências da cidade para trocarmos conhecimentos e ideias novas para o clube de trocas na UFSCAR”.

Durante a dissertação do mestrado, Mariana focou questões como estudo voltado ao campo teórico das políticas públicas  relacionados a emprego, trabalho e renda e também da relação existente entre a Economia Solidária e os Ministérios.  “Constatei que em relação aos ministérios houve avanços, integração e maior apoio e, com isso, maior abrangência do Estado. Houve uma formação e implementação da política e uma maior atuação da Coordenação Federal entre estados e municípios, principalmente com o Programa Brasil Sem Miséria”.

Para a coordenadora executiva de Finanças Solidárias e também moradora de uma eco vila, Luana Castelli, é importante que as pessoas conheçam o poder que têm para modificar as situações que se apresentam no momento adversas. “Eu como moradora de uma eco vila atuo com educação popular segundo os princípios de Paulo Freire e tenho experiência com finanças solidárias e clube de trocas. Dentro dos bolsões de pobreza, com vontade de mudança é possível reverter as dificuldades. O poder popular é possível, mobilizando a comunidade é possível mudar a realidade”, afirma ela que também atua no processo de construção e implementação do Banco Comunitário Nascente no bairro do Jardim Gonzaga.

A coordenadora executiva de Finanças Solidárias, Alexandra Almeida, graduada em Ciências Sociais e mestre em Antropologia, fala de suas expectativas enquanto atuante na Economia Solidária.  “Atuo há tempos com o clube de trocas, onde procuramos conversar com as pessoas, atender o desejo da comunidade, oferecer ajuda e estímulo para os empreendimentos com a perspectiva que as pessoas prestem atenção no que pretendemos desenvolver em conjunto”.

Segundo Mariana, as coordenadoras estão realizando um processo de coleta de dados, mapeamento do consumo e produção do território, as demandas que existem no território e o que é preciso fazer para atendê-las. A exemplo de Várzea Paulista, a Nesol, também auxilia a implementação do Banco Comunitário em São Carlos. “A Nesol também nos auxilia e contamos com a mobilização de uma comunidade religiosa bem forte que fez campanha de arrecadação para os fundos do banco para créditos produtivos  e créditos de consumo”.