Vila Real realiza o 2º Seminário dos Agentes Multiplicadores da Cidadania

Desenvolvimento Social - Destaques

Intercâmbio de experiências e homenagem às mulheres marcam o evento

Acontece neste domingo (27), o 2º Seminário dos Agentes Multiplicadores da Cidadania, na Unidade de Saúde da Família, na rua Montes Claros, 30, na Vila Real. Com o tema “As conquistas das mulheres e seu importante papel no desenvolvimento da comunidade”, o evento terá a participação de mulheres líderes dos bairros da Vila Real, Bolívia, Recife, Camaragibe e outras comunidades.
Membros da poupança comunitária, movimentos populares e representantes do poder público também estarão presentes para trocar experiências sobre o trabalho desenvolvido na cidade. Atualmente, a Vila Real passa por um grande processo de urbanização que vai beneficiar 14 mil moradores. “Neste processo a poupança comunitária foi fundamental”, diz Eli Sandra Santana Santos, agente de cidadania e organizadora do evento. “Hoje, a realidade dos moradores mudou muito. Um processo de urbanização não é simplesmente asfaltar ruas e trazer redes de esgoto, é mudar a mentalidade das pessoas e chamar a atenção à organização, já que juntos, somos mais fortes”, completa.
 
Poupança Comunitária
Trazida ao Brasil pela ONG Interação, a iniciativa consiste na formação de grupos, de 3 a 30 pessoas, que guardam economias em uma conta comum, com o objetivo de construir casas e promover melhorias nas áreas onde vivem. Todos os recursos são gerenciados pelos próprios moradores, que escolhem inclusive tesoureiros para administrar as finanças
Atualmente, 35 países participam da iniciativa. Em Várzea ela existe desde 2005 e atualmente são 300 pessoas que todo mês depositam a quantia que podem na poupança. Esta verba serviu como contrapartida na compra de caixas de esgoto para as casas, recentemente.
 
 
Muito mais que urbanizar
Estão sendo investidos nessa primeira fase de urbanização, R$ 10 milhões, repassados pelo Governo Federal. Nos últimos meses, as obras estão concentradas na avenida Pacaembu. A via teve seu projeto viário modificado de 8 para 10 metros de largura e suas calçadas requalificadas.
É importante ressaltar, que urbanizar, durante muito tempo, se deu com a remoção pura e simples das favelas, o que aumentou a exclusão social, pois tirou os moradores dos bairros e os levou para locais de difícil acesso, com praticamente nenhuma infraestrutura. Este processo durante muitos anos foi realizado por governos de várias cidades, e potencializou a desigualdade.
Em Várzea Paulista, urbanizar é levar infraestrutura a áreas degradadas com abertura e pavimentação de ruas, implantação de rede de água e esgoto, além de espaço para equipamentos sociais e lazer, tudo com participação popular, que é a marca do atual governo.