Moradores do Jardim Promeca puderam trocar produtos não mais usados por aqueles que precisavam
O último sábado (16) foi o dia da Feira de Trocas no Jardim Promeca, na rua Suíça, onde pessoas da comunidade participaram deste evento, que incentiva e promove o consumo consciente, realizado pelos integrantes do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) Central.
Luciane Mosca, diretora de Economia Solidária, explica que a Feira de Trocas é embasada na solidariedade e tenta agregar valores diferentes aos da compra desenfreada, preceitos defendidos e executados pela Economia Solidária. “A feira serve para que as pessoas da comunidade se conheçam, se apropriem dessa nova forma de consumo na cidade”, afirma.
Janes Marinho de Oliveira, residente daquele bairro, participou pela primeira vez e aprovou a iniciativa, pois trocou vestido, saia e blusa, que não usava mais, por uma bolsa que precisava. “É importante, porque troquei coisas que não uso mais por outra que vou usar”, analisou.
Outra moradora que aderiu ao projeto é Benedita Francisca, que confeccionou peças de crochê para levar à feira. “Trouxe uma blusa, uma toalha de mesa e um cachecol, que eu mesma fiz, e levei para casa duas blusas e uma calça”, comenta.
Estrutura
Para participar da feira, os moradores levaram produtos não mais utilizados, em boas condições, ou de fabricação própria e receberam uma quantidade equivalente de moedas sociais, chamadas ‘Meca’, específicas do bairro. O valor pôde ser trocado por produtos dispostos nas barracas, como roupas, calçados, artesanatos, livros e mantimentos.
Para a secretária de Cidadania e Assistência Social, Giany Povoa, a Feira de Trocas é uma ação comunitária, fortalecedora dos laços entre as pessoas da população, responsável por trazer conscientização sobre o consumo consciente e sustentável. “Essa iniciativa está enquadrada no desenvolvimento solidário e, por isso, a participação da população é muito importante. Faz parte de um processo de discussão e elaboração de uma nova forma de consumo”, ressalta.
A moeda social tem uso restrito e é uma maneira de beneficiar a economia da cidade. Seu nome é ‘Saber’ e também pode ser usada no Armazém da Cidadania, pelas famílias beneficiadas pelos CRAS, que trocam o ‘dinheiro’, ganho em atividades de participação popular, por alimentos.