Pneumologista da rede municipal de Saúde ensina como amenizar os efeitos da baixa umidade do ar
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Segundo o pneumologista Alcindo Edélcio Massucato, as pessoas mais afetadas por tais condições são as crianças, os idosos e os portadores de problemas respiratórios, que sofrem de asma, Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (enfisema pulmonar, bronquite), rinite e faringite alérgica, sinusite e demais doenças causadas por inflamações das mucosas das vias aéreas superiores. “Esses pacientes podem apresentar falta de ar, tosse, chiado e opressão no peito, dificuldades para respirar. Caso os sintomas não melhorem ou a pessoa apresente febre, o médico deve ser procurado”, explica.
Quem nunca teve problemas respiratórios pode desenvolver algum na época de estiagem, pois, segundo o especialista informa, quando as pessoas respiram o ar com baixa umidade, as mucosas (peles que revestem as vias aéreas internamente) ressecam, causando rinite, faringite e outras inflamações. “O ar seco também pode causar irritação no nariz e possíveis sangramentos”, lembra.
Prevenção
Para Massucato, três medidas são fundamentais para melhorar a sensação de desconforto no período: boa hidratação e umidificação do ambiente e das vias aéreas. Beber muito líquido em temperatura ambiente, tornar o ar inalado mais úmido por meio de recipientes com água e tolhas molhadas são algumas das medidas caseiras que surtem efeitos positivos, além dos umidificadores. “A água das bacias e das toalhas, que podem ser colocadas no quarto, à noite, evapora e faz com que o ambiente apresente melhora na umidade do ar. Um local que estava com 20 a 30% de umidade relativa passa a ter de 50 a 60%, próxima do ideal, entre 50 e 70%”, ressalta.
Outra opção é a utilização do soro fisiológico para inalação e para pingar no nariz, várias vezes ao dia, já que não há contraindicação e as vias aéreas ficam umedecidas, segundo o médico.