População deve ficar atenta para cuidados em período seco

Pneumologista da rede municipal de Saúde ensina como amenizar os efeitos da baixa umidade do ar

Várzea Paulista registrou, na semana de 25 de agosto a 1º de setembro, uma média de 18% de umidade relativa, segundo informações do Sistema Integrado de Gestão Ambiental, enquanto a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) classificou a qualidade do ar como regular, no último dia 1º.
Segundo o pneumologista Alcindo Edélcio Massucato, as pessoas mais afetadas por tais condições são as crianças, os idosos e os portadores de problemas respiratórios, que sofrem de asma, Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (enfisema pulmonar, bronquite), rinite e faringite alérgica, sinusite e demais doenças causadas por inflamações das mucosas das vias aéreas superiores. “Esses pacientes podem apresentar falta de ar, tosse, chiado e opressão no peito, dificuldades para respirar. Caso os sintomas não melhorem ou a pessoa apresente febre, o médico deve ser procurado”, explica. 
Quem nunca teve problemas respiratórios pode desenvolver algum na época de estiagem, pois, segundo o especialista informa, quando as pessoas respiram o ar com baixa umidade, as mucosas (peles que revestem as vias aéreas internamente) ressecam, causando rinite, faringite e outras inflamações. “O ar seco também pode causar irritação no nariz e possíveis sangramentos”, lembra.
 
Prevenção
Para Massucato, três medidas são fundamentais para melhorar a sensação de desconforto no período: boa hidratação e umidificação do ambiente e das vias aéreas. Beber muito líquido em temperatura ambiente, tornar o ar inalado mais úmido por meio de recipientes com água e tolhas molhadas são algumas das medidas caseiras que surtem efeitos positivos, além dos umidificadores. “A água das bacias e das toalhas, que podem ser colocadas no quarto, à noite, evapora e faz com que o ambiente apresente melhora na umidade do ar. Um local que estava com 20 a 30% de umidade relativa passa a ter de 50 a 60%, próxima do ideal, entre 50 e 70%”, ressalta.
 
Outra opção é a utilização do soro fisiológico para inalação e para pingar no nariz, várias vezes ao dia, já que não há contraindicação e as vias aéreas ficam umedecidas, segundo o médico.