Economia Solidária: fórum debate lei e pede legitimidade

Realizada nesta quarta-feira (02), o 2º Fórum de Economia Solidária de Várzea Paulista fomentou o debate para legitimar as atividades desta área dentro do município.  Com o tema ‘Organizar para Viver em Cooperação’, o evento contou com a presença de Leonardo Pinho, representando do Fórum Paulista de Economia Solidária e membro do diretório nacional de Economia Solidária do Partido dos Trabalhadores.

Em seu discurso, Pinho considerou a iniciativa de legalizar esse novo tipo de economia no município um grande passo. “Várzea já é pioneira na região em desenvolver esse tipo de trabalho e agora se destaca tornando isso uma política permanente, com responsabilidade social e ambiental. É uma forma também de estimular e cobrar do estado e dos municípios a implantação dessa política que é de extrema importância para as camadas sociais menos favorecidas pelo sistema”, afirma.

O especialista considera a Economia Solidária uma nova alternativa contra o sistema capitalista e a favor da valorização das pessoas. “Para mudar o mundo precisamos começar a dar valor para ações que ocorrem a passos curtos. Sem dúvida a Economia Solidária trouxe muitas mudanças para as pessoas que participam. Ninguém vai na Feira de Trocas Solidárias visando lucro. É uma forma de contribuição com a comunidade e o outro, a partir da visão de que ninguém é pobre demais que não tenha algo para trocar”, avalia.

De acordo com o prefeito Eduardo Pereira, a lei será um grande passo para os grupos envolvidos na iniciativa. “A lei de Economia Solidária vai reafirmar que uma nova economia é sim possível, quando há participação popular, muito diálogo e a verdadeira democracia”, explica.

A partir da instituição do marco legal, o trabalho da Economia Solidária será uma política pública do município, independendo do governo. Serão especificadas as diretrizes, objetivos, competências e demais atributos que uma lei para política pública necessita. “Será possível investir recursos e captar verbas para projetos, e estabelecer parcerias para resgatar os laços comunitários, garantir a grupos a sustentabilidade e um novo modo de desenvolvimento econômico”, finaliza a secretária de Cidadania e Assistência Social, Giany Povoa.