Parque das Orquídeas transforma região do antigo aterro

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Atividades esportivas e plantio de orquídeas marcam quatro anos de encerramento do aterro

Um local onde antes era comum a movimentação diária de dezenas de caminhões com lixo e mau cheiro é hoje o Parque das Orquídeas, com quadras poliesportivas e arborização. Esta é a transformação da realidade da área do antigo aterro sanitário de Várzea Paulista, no Jardim América IV. Em breve, o local ficará ainda mais bonito com a florada de orquídeas plantadas no último domingo. O ato celebrou os quatro anos de encerramento das atividades do aterro sanitário, que funcionou por 20 anos. O evento também foi marcado pelas apresentações de karatê, capoeira, xadrez, hip hop, torneios de futebol, vôlei de areia e festival de tênis.

O prefeito Eduardo Pereira, que acompanhou as atividades e realizou o plantio simbólico da primeira orquídea no parque, acredita que a data é importante para que todos lembrem o quanto a região melhorou com o fim do depósito de lixo. “Hoje, os moradores têm mais qualidade de vida, não convivem mais com o mau cheiro e o incômodo da chegada dos caminhões cheios de lixo. Esse parque é uma ótima opção de lazer e entretenimento para todos, principalmente crianças e jovens. Precisamos lembrar e comemorar”, salienta.

Cerca de 500 pessoas passam pelo Parque aos finais de semana, para participar de jogos e torneios. O local sedia um importante projeto social, chamado “Valor do Esporte”, que oferece aulas de tênis gratuitas para 70 alunos do bairro.

Aterro funcionou por 20 anos

O aterro sanitário de Várzea Paulista, localizado no Jardim América IV, encerrou definitivamente suas atividades no dia 31 de março de 2006. Há quatro anos, cerca de 150 mil toneladas de lixo deixaram de ser depositadas no antigo aterro anualmente.

Seis cidades depositaram lixo no local durante 20 anos: Várzea Paulista, Jundiaí, Campo Limpo Paulista, Vinhedo, Louveira e Cajamar. Esses municípios constituem o Consórcio Intermunicipal do Aterro Sanitário (Cias) e, em 2004, assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), documento que trata do encerramento do aterro sanitário, sua manutenção e a construção de obras de compensação na região

Parte do terreno do antigo aterro foi transformado no Parque das Orquídeas, em área considerada totalmente estabilizada, livre da emissão de gases.

Mesmo com o fim das atividades, o serviço de manutenção continua funcionando normalmente. Está previsto no TAC  que o local deve ser monitorado pelos próximos 16 anos, além de receber outras melhorias.

Como acontece hoje, o (Cias) tem a responsabilidade técnica de realizar o monitoramento periódico de gases, do chorume, do lençol freático, da estabilidade física do local, da água subterrânea e da implantação de canaletas. O terreno do aterro só poderá ser reutilizado após sua completa estabilização.